Ai se em Outubro chovesse
a terra molhasse
o milho crescesse
e a fome acabasse
Ai se o milho crescesse
a fome acabasse
o homem sorrisse
e a terra molhasse
Ai se o homem sorrisse
a terra molhasse
a fome acabasse
e a chuva caísse
Ai se um dia…
Acordemos camaradas
As chuvas de Outubro não existem!
O que existe
É o suor cansado
Dos homens que querem
O que existe
É a busca constante
Do pão que abundante virá
Homens mulheres crianças
Na pátria livre libertada
Plantando mil milharais
Serão a chuva caindo
Na nossa terra explorada

Vera Duarte

últimos artigos de Vera Duarte (ver todos)
- “Urdindo palavras no silêncio dos dias” e “Naranjas en el mar” - 20 de Maio, 2022
- Gastronomia nas Obras Literárias (Dia 4 de maio) - 2 de Maio, 2022
- Complexo 46 - 28 de Abril, 2022
- Mulheres - 2 de Março, 2022