O galardão vai incluir as regiões como a Galiza, Macau, Goa e Malaca, entre outros espaços de expressão portuguesa.
O prémio, no valor de três mil euros, foi instituído em 2012 em memória da poetisa portuguesa Glória de Sant´Anna e é organizado pelo Grupo de Ação Cultural de Válega (GAC), pela família da poetisa e outras entidades patrocinadoras.
“A língua é um espaço habitado em permanente fluir e por isso imensurável. Na sua elasticidade e reinvenção conceptual, a Língua permanece como elo de ligação entre lugares díspares”, disse, em representação da família de Glória de Sant’Anna e do GAC, o pintor Rui Paes, que foi membro do júri nas edições passadas do galardão.
“A língua torna esses lugares menos remotos e, quando regressa, vem enriquecida. Parece-me natural que o Prémio Glória de Sant’Anna passe também a incluir no seu regulamento as regiões Lusófonas e reconheça a importância cultural coletiva e as ligações históricas de todo o espaço lusófono”, acrescentou.
Os vencedores das edições anteriores foram o poeta moçambicano Eduardo White, em 2013, com o livro “O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados”. O poeta moçambicano faleceu em agosto deste ano, com 51 anos.
A poetisa portuguesa Gisela Ramos Rosa venceu o galardão em 2014 com a obra “Tradução das Manhãs”.
Glória de Sant´Anna – que além de poetisa, foi professora e colaborou com vários jornais – nasceu em Lisboa e viveu mais de 20 anos em Moçambique.
A escritora morreu aos 84 anos, a 02 de junho de 2009, em Válega, no distrito de Aveiro.
Entre as suas obras estão os livros de poesia “Distância”, “Música Ausente” e “Trinado para a Noite que Avança”, e na prosa publicou “Do Tempo Inútil” e “Ao Ritmo da Memória”, além de contos infantis.
CSR // PJA – Lusa/fim
Glória de Sant’Anna e o Poeta Virgílio de Lemos, Outubro de 2006
Glória de Sant’Anna e D.Duarte Pio, Duque de Bragança
Pemba – Moçambique, fins dos anos sessenta
Fotos extraídas do Facebook