Ministros lusófonos reiteram empenho numa agenda de cooperação científica

Díli, 25 mai (Lusa) – Os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior reiteraram hoje o empenho em avançar na agenda de cooperação multilateral nesta matéria, para assim fortalecer as capacidades mútuas e apoiar o desenvolvimento do espaço da CPLP.

Na declaração final da VII Reunião de Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP, em Díli, os representantes dos ‘nove’ voltaram a “incentivar a promoção da mobilidade académica e científica” na CPLP, recomendando mais medidas para implementar o Plano de Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Os ministros saudaram o lançamento do Portal do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia da CPLP, que foi apresentado hoje em Díli.

Analisaram ainda os progressos na criação do Repositório Científico e Portal de Acesso Aberto da CPLP, “que facilitará o acesso livre aos repositórios científicos, softwares livres e acervos bibliográficos de acesso à produção científica dos Estados membros”, projeto que já com o apoio financeiro do Brasil, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

O Secretariado Executivo fica mandatado para realizar o levantamento de informação sobre a “criação de um fundo comum para financiar as atividades científicas da CPLP”, tendo sido acordado apoiar a iniciativa de São Tomé e Príncipe sobre “ações de reforço das capacidades institucionais e técnicas das instituições de ensino superior”.

Os ministros acordaram ainda apoiar a proposta de Portugal para uma discussão alargada entre as agências de financiamento e avaliação da atividade de ciência e tecnologia, assim como para um próximo encontro de todas essas agências, a realizar em Lisboa no inicio de 2017.

Portugal pretende ainda que seja aprovado “um novo programa de financiamento competitivo a redes de investigação orientadas para estimular a capacidade científica em países de língua portuguesa”, em colaboração com investigadores da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento.

Estas investigações devem ser orientadas para questões relacionadas com qualidade de vida, incluindo segurança alimentar, biodiversidade, desenvolvimento infantil, sistemas sustentáveis de energia e desenvolvimento urbano, e redução da pobreza”, sublinha a declaração final.

Angola esteve representada no encontro pelo ministro angolano da Educação, Pinda Simão, Moçambique representado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Jorge Olívio Penicela Nhambiu e São Tomé e Príncipe pelo ministro da Educação, Cultura e Ciência, de Olinto da Silva e Sousa Daio.

Portugal, Brasil e Guiné Equatorial estiveram representados por embaixadores, Cabo Verde por uma delegação técnica e a Guiné-Bissau esteve ausente do encontro.

ASP // FV. – Lusa/Fim
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À porta do Mar – Nave visionista, obra pública de Luis Vieira-Batista em Santo Amaro de Oeiras

 

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