Mobilidade académica é uma estratégia “incontornável” na cooperação lusófona

Díli, 25 mai (Lusa) – A mobilidade académica de docentes, estudantes e investigadores é uma estratégia “incontornável” da cooperação entre os Estados membros da CPLP que devem fomentar a troca de conhecimento e mais investigação conjunta, disse hoje o ministro da Educação timorense.

“A concretização do sonho da CPLP, apoiada na constante partilha de conhecimentos e experiências, deve tornar-se num desígnio comum a todos os estados membros”, disse hoje António da Conceição.

“Devemo-nos focar na democratização do acesso à ciência e ao conhecimento. Persistir num esforço contínuo de apoio à atividade científica, às instituições que a realizam, bem como aos mecanismos de ampla disseminação e divulgação do conhecimento científico nas nossas sociedades”, afirmou.

O governante timorense falava na sessão de abertura da VII Reunião de Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP, em Díli, em que se debaterá o reforço da cooperação multilateral neste setor.

“O investimento na formação de quadros nacionais para o ensino superior e a ciência deve ser uma prioridade da nossa comunidade, pois eles constituem o primeiro elo da cadeia que leva à investigação científica e tecnológica que, em última instância, se traduz em progresso e desenvolvimento humano”, disse Antonio da Conceição.

“A mobilidade dos estudantes, docentes, investigadores e técnicos constitui outra incontornável área estratégica de cooperação. Devemos por isso reforçar as condições para o intercâmbio e mobilidade de estudantes, potenciar também os programas de mobilidade dos docentes e dos investigadores, diversificar e enriquecer as experiências dos estudantes no espaço académico da CPLP”, insistiu.

Também Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, se referiu ao aspeto “crucial” da mobilidade académica e do conhecimento, “um dos maiores desafios” que persiste neste setor.

Apelando a que se concentrem esforços “nas três ou quatro prioridades” no campo da ciência, tecnologia e ensino superior – porque “não há capacidade para fazer tudo”, Murargy considerou essencial avançar com medidas “concretas”.

“É extremamente importante para o nosso desenvolvimento económico e social. Podemos transformar o que é ajuda em verdadeira cooperação. E esta área é uma ideal para começar iniciativas de cooperação mais intensivas”, disse.

“Temos planos estratégicos, precisamos de passar à ação no terreno e ver através das várias possibilidades institucionais, como podemos fazer arrancar projetos conjuntos de investigação”, disse.

O encontro de Díli debate, entre outros aspetos, a implementação do plano estratégico de cooperação multilateral no domínio da ciência, tecnologia e ensino superior da CPLP e o respetivo plano de ação para “reforçar a cooperação entre os estados membros nestes domínios”, disse António da Conceição.

A reunião marca ainda o lançamento do portal do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, “que concretiza a promessa de reforço do intercâmbio de conhecimento científico, partilha de boas práticas e divulgação das oportunidades e iniciativas no espaço académico” lusófono.

Em debate está ainda o progresso na criação do Repositório Científico / Portal de Acesso Aberto da CPLP, que “facilitará o acesso livre aos repositórios científicos e acervos bibliográficos dos Estados membros, para benefício de milhões de estudantes e docentes” nos ‘nove’.

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Um avião da TAP aterra no Aeroporto de Lisboa, 26 de dezembro de 2014.MÁRIO CRUZ/LUSA
Um avião da TAP aterra no Aeroporto de Lisboa, 26 de dezembro de 2014.MÁRIO CRUZ/LUSA

 

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