O presidente Boni Yayi e os seus colegas da Serra Leoa e de Cabo Verde vão visitar Abidjan na terça-feira, levando a mensagem da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] ao presidente Laurent Gbagbo», disse à AFP Jean Marie Ehouzou, ministro dos Negócios Estrangeiros do Benin.
O responsável sublinhou a «determinação inequívoca» daqueles presidentes em encontrar uma solução através do diálogo. «Eles vão falar com o presidente Gbagbo e tentar convencê-lo a abandonar o poder», acrescentou. Na sexta-feira, a CEDEAO avisou Laurent Gbagbo de que irá recorrer à força para afastá-lo da Presidência, caso não passe o poder a Alassane Ouattara. A generalidade da comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Africana, reconhece Ouattara como vencedor das eleições, derrotando o anterior Presidente, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder. Depois de ter sido reconhecido como Presidente eleito, Ouattara assumiu-se como comandante supremo das Forças Armadas e exigiu aos militares que «protejam o povo da milícia de mercenários e estrangeiros que derramam o sangue da Costa do Marfim».
Segundo os seus seguidores, 745 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas desde o início dos conflitos pós-eleitorais, em resultado de acções que atribuem aos apoiantes de Gbagbo.
Entretanto, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados anunciou este sábado que cerca de 14 mil marfinenses fugiram para a vizinha Libéria para escapar à onda de violência pós-eleitoral e que alguns estão a ser impedidos de atravessar a fronteira por grupos armados.