Macau, China, 09 dez (Lusa) – As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25, 71% entre janeiro e outubro, fixando-se em 84, 17 mil milhões de dólares (77, 18 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.
Dados dos Serviços de Alfândega da China – publicados no portal do Fórum Macau – indicam que, nos primeiros dez meses do ano, a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 53, 04 mil milhões de dólares (48, 63 mil milhões de euros) – menos 30, 22% – e vendeu produtos no valor de 31, 13 mil milhões de dólares (28, 53 mil milhões de euros), menos 16, 52%.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 61, 1 mil milhões de dólares (56, 01 mil milhões de euros) até outubro, menos 18, 63% face a igual período do ano passado.
As exportações da China para o Brasil atingiram 23, 7 mil milhões de dólares (21, 7 mil milhões de euros), traduzindo uma quebra de 17, 20%, enquanto as importações chinesas totalizaram 37, 4 mil milhões de dólares (34, 2 mil milhões de euros), refletindo uma descida de 19, 5% em termos anuais homólogos.
Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 44, 7%, para 17, 1 mil milhões de dólares (15, 6 mil milhões de euros), entre janeiro e outubro.
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 3, 20 mil milhões de dólares (2, 93 mil milhões de euros) – menos 28, 74% – e comprou mercadorias avaliadas em 13, 9 mil milhões de dólares (11, 59 mil milhões de euros), ou seja, menos 47, 49% comparativamente aos primeiros dez meses de 2014.
Já com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 3, 6 mil milhões de dólares (3, 3 mil milhões de euros) – menos 7, 06% –, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens na ordem de 2, 42 mil milhões de dólares (2, 21 mil milhões de euros) – menos 5, 80% – e comprou produtos avaliados em 1, 26 mil milhões de dólares (1, 15 mil milhões de euros), menos 9, 37%.
O comércio sino-lusófono encontra-se em rota descendente desde o início do ano, somando quebras anuais homólogas consecutivas até outubro.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
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