Lisboa, 28 out 2021 (Lusa) – Cerca de 50 filmes do cinema lusófono, entre comédia, drama, distopias, mas também obras que falam de ativismo e direitos humanos, compõem o programa do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, a decorrer em novembro, em Lisboa.
De acordo com a organização, a 12.ª edição do FESTin arrancará a 17 de novembro, no Cinema São Jorge, e terá também programação até ao dia 21 no cinema City Alvalade e na plataforma ‘online’ festinon.com.
O festival abrirá com “Jesus Kid”, filme do realizador brasileiro Aly Muritiba a partir da obra homónima de Lourenço Mutarelli. O filme centra-se em Eugênio, um escritor de ‘westerns’ que vive uma crise criativa com a sua personagem mais conhecida, Jesus Kid.
Este ano, o FESTin exibirá meia centena de filmes, entre curtas e longas-metragens, de documentário e ficção, alguns dos quais em competição.
Do que foi anunciado esta semana, destaque, por exemplo, para a distopia “Medida Provisória”, estreia nas longas-metragens do ator brasleiro Lázaro Ramos, e ainda para “Sementes: Mulheres Pretas no Poder”, das realizadoras brasileiras Éthel Oliveira e Júlia Mariano, sobre mulheres ativistas no Rio de Janeiro, entre as quais a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O festival escolheu ainda o filme português “A mulher sem corpo”, de António Borges Correia, premiado no Fantasporto e que aborda a violência doméstica, a partir de testemunhos reais de mulheres vítimas de abuso.
“A Mulher Sem Corpo”, protagonizado por Anabela Brígida, “é um filme de intervenção sobre a perpetuação da violência e, sobretudo, sobre a dignidade da vítima”, afirma o realizador na sua página oficial.
“Casa velha”, filme de César Pedro sobre uma associação de artistas que subsiste há mais de 25 anos em Nampula, no norte de Moçambique, e “Manuel d’Novas – Coração de Poeta”, documentário sobre aquele compositor cabo-verdiano, e assinado pelo filho, Neu Lopes, também marcarão presença no festival.
Por ter um caráter itinerante, o FESTin tem feito nos últimos anos programação de filmes em vários territórios, em particular dos países de língua oficial portuguesa, nomeadamente em Cabo Verde, Timor-Leste, Brasil e São Tomé e Príncipe.
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