Em março, o presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lei Heong Iok, propôs a criação de dois centros de língua portuguesa, um de âmbito regional – em Macau – e outro de cariz nacional no interior da China, tendo as respetivas propostas sido submetidas ao Governo de Macau e Ministério de Educação chinês.
As propostas foram defendidas também no âmbito da aproximação da China aos países de língua portuguesa.
“O nosso centro já foi aprovado pela comissão técnica e científica do Instituto Politécnico de Macau, só faltam alguns pormenores. O centro de Língua Portuguesa [na China] é que depende da autorização ou não do Ministério de Educação chinês”, disse hoje o presidente do IPM, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do ano letivo 2012/2013.
Ao avançar que o centro para o ensino e investigação da língua portuguesa do IPM “vai funcionar” ainda durante este ano letivo, Lei Heong Iok explicou que o projeto terá três áreas fundamentais, incluindo a formação de docentes, preparação de materiais didáticos, e uma área dedicada aos projetos de investigação.
O centro será instalado junto às escolas superiores de Línguas e Tradução e de Administração Pública do IPM e “poderá dar licenciaturas ou formação académica complementar”, acrescentou.
O projeto servirá também, segundo Lei Heong Iok, como plataforma de ligação aos cursos do instituto em português, como o de tradução e interpretação, e outros na área da administração pública e jurídica, e deverá trabalhar em estreita colaboração com o centro de investigação da língua portuguesa proposto para o interior da China.
“Naturalmente vai contribuir não só localmente [para o ensino da língua portuguesa], mas mesmo para uma forte ligação com a China. Refiro-me aos cursos [de português] que já foram criados na China – em Xangai, Pequim, etc… – e outros que vão ser criados. Este centro vai assegurar a ligação com a China e também a ligação com os países de expressão portuguesa, e em particular com Portugal”, acrescentou.
Embora sem avançar pormenores quanto ao número de docentes previsto, Lei Heong Iok explicou que os professores do centro do IPM deverão ser recrutados maioritariamente em Portugal.
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