Universidade de Coimbra celebra com cultura os 200 anos da independência do Brasil

Coimbra, 01 set 2022 (Lusa) – A Universidade de Coimbra (UC) vai promover, a partir de quarta-feira, um programa cultural com música, teatro e exposições para comemorar o bicentenário da independência do Brasil.

O programa multidisciplinar arranca na “data que marca oficialmente a efeméride” e procura acentuar “a ligação centenária entre a Universidade de Coimbra e a pátria brasileira”, disse a UC, em nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

Centrado na relação “especial” entre aquela instituição do ensino superior português e o Brasil, o programa, ao celebrar o bicentenário da independência daquele país, comemora também “a própria essência da centralidade que a lusofonia ocupa” na missão da UC, salientou o vice-reitor para a área da cultura, Delfim Leão, citado na nota.

No dia 07, quarta-feira, pelas 15:00, será apresentado o livro “Camões e Lusíadas”, pelo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Brasil), Antônio Ricardo Accioly Campos, seguindo-se, às 18:00 a inauguração, na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral, da exposição “A Universidade de Coimbra e a independência do Brasil”, que reúne “os registos documentais e bibliográficos desta relação centenária”.

A exposição, que estará patente até dia 30, inclui “um vasto acervo de imprensa oitocentista e outros documentos históricos, como a matrícula do primeiro aluno com registo ‘natural do Brasil’ a estudar na Universidade de Coimbra – Manuel de Paiva Cabral, que frequentou a UC entre 1574 e 1586”.

No mesmo dia, haverá um concerto no Museu Nacional Machado de Castro em homenagem ao músico brasileiro Tom Jobim, a cargo do projeto Remember Jazz, quarteto de jazz.

Na quarta-feira, arranca também a Mostra São Palco – Festival de Teatro Brasileiro em Portugal, um projeto do Teatrão ao qual a Universidade de Coimbra se associa através do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV).

“O ciclo teatral, com curadoria de Jorge Louraço Figueira, envolve uma série de eventos – entre espetáculos, conversas, conferências e oficinas – em várias cidades, e inicia-se às 21:30 com a subida ao palco do TAGV, de ‘A Invenção do Nordeste’, pelo Grupo Carmin”, referiu a UC.

Em meados do mês, com data ainda a anunciar, será também inaugurada no átrio do Student Hub mais uma “exposição sobre a relação centenária entre a UC e o Brasil, com objetos do espólio do Museu da Ciência”.

Na nota, a Universidade de Coimbra salientou que recebe estudantes naturais do Brasil desde meados do século XVI.

“Duzentos anos depois, a ligação mantém-se, com os alunos e alunas brasileiros/as a representarem cerca de 10% da comunidade estudantil da UC, considerada a maior universidade ‘brasileira’ fora do Brasil”.

JGA // SSS – Lusa/Fim


Música, teatro, literatura e exposições compõem o programa multidisciplinar de comemoração do bicentenário da independência do Brasil, que a Universidade de Coimbra organiza a partir de 7 de setembro. A série de eventos, com arranque na data que marca oficialmente a efeméride, acentua a ligação centenária entre a UC e a pátria brasileira.

A Universidade de Coimbra recebe estudantes naturais do Brasil desde meados do século XVI e está umbilicalmente ligada à história do país sul-americano: dela se diz que foi fundamental para que a pátria brasileira nascesse e crescesse una e indivisa. Enquanto, na América Latina de domínio espanhol, as elites formadas em 25 universidades distintas deram origem a 18 novos países no decurso do século XIX, as 19 Capitanias-Gerais do território português na América do Sul mantiveram-se unidas, pois a grande maioria das suas elites (71,8% dos Ministros, Senadores e Conselheiros brasileiros entre 1822 e 1831) tinha estudado em Coimbra, na única instituição de ensino superior em funcionamento permanente no “império português” até 1911.

Duzentos anos depois, a ligação mantém-se, com os alunos e alunas brasileiros/as a representarem cerca de 10% da comunidade estudantil da UC, considerada a maior universidade “brasileira” fora do Brasil.

É essa relação especial, com passado, presente e futuro, que se vai celebrar com um programa cultural multifacetado: “Celebrar o bicentenário da independência do Brasil é, para a UC, celebrar a própria essência da centralidade que a lusofonia ocupa na sua missão institucional, é dar corpo, voz, cor e alma ao ímpeto criador que une povos irmãos banhados pelo calor da mesma luz poética”, declara o Vice-Reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão.

Na próxima quarta-feira, 7, a partir das 15h00, a Sala do Senado [local sujeito a confirmação] recebe a apresentação do livro “Camões e Lusíadas”, por Antônio Ricardo Accioly Campos, Presidente da Fundação Joaquim Nabuco.

Segue-se-lhe um dos pontos altos do programa: pelas 18h00, é inaugurada, na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), a exposição “A Universidade de Coimbra e a independência do Brasil”, que reúne os registos documentais e bibliográficos desta relação centenária (espólio da Biblioteca Geral e do Arquivo da UC), incluindo um vasto acervo de imprensa oitocentista eoutros documentos históricos, como a matrícula do primeiro aluno com registo “natural do Brasil” a estudar na Universidade de Coimbra – Manuel de Paiva Cabral, que frequentou a UC entre 1574 e 1586.

A mostra – com coordenação do Vice-Reitor da UC para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, e do Diretor da BGUC, João Gouveia Monteiro, e curadoria de Ana Maria Leitão Bandeira e António Eugénio Maia do Amaral – fica patente até 30 de setembro (mediante marcação prévia, para visitas de grupo). “Após ter sido exibida no Recife, esta riquíssima mostra organizada pela Biblioteca Geral e pelo Arquivo da UC será finalmente inaugurada em Coimbra, com a presença de parceiros como o Presidente da Fundação Joaquim Nabuco. Será mais um marco na promoção do diálogo e da cooperação entre Brasil e Portugal, imagem de marca da nossa Universidade”, afirma João Nuno Calvão da Silva.

Também na quarta-feira, 7, pelas 18h30, a UC organiza no Museu Nacional Machado de Castro um concerto de homenagem a Antônio Carlos Jobim (1927-1994). O espetáculo, promovido em parceria com o Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça, fica a cargo do projeto Remember Jazz, quarteto de jazz e voz que reinterpreta o legado musical do lendário cantautor brasileiro, mais conhecido por Tom Jobim.

Noutros palcos, o dia 7 marca igualmente o arranque da Mostra São Palco – Festival de Teatro Brasileiro em Portugal, um projeto do Teatrão ao qual a Universidade de Coimbra se associa através do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV). O ciclo teatral, com curadoria de Jorge Louraço Figueira, envolve uma série de eventos – entre espetáculos, conversas, conferências e oficinas – em várias cidades, e inicia-se às 21h30 com a subida ao palco do TAGV, d“A Invenção do Nordeste”, pelo Grupo Carmin.

O programa da Mostra São Palco no TAGV, e também no Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras (IEB) da Faculdade de Letras da UC (mais informações em https://www.facebook.com/SaoPalco/), inclui ainda a peça teatral “Lugar Nenhum”, pela Companhia de Latão (dia 23, 20h00), e conversas pós-espetáculos, conferências, mesas-redondas e oficinas, que vão decorrer até meados de outubro.

Também para meados de setembro (data a anunciar brevemente) está prevista a inauguração, no átrio do Student Hub, de mais uma exposição sobre a relação centenária entre a UC e o Brasil, com objetos do espólio do Museu da Ciência.

Fonte: Universidade de Coimbra

 

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