Universidade de Cabo Verde e Observatório da Língua Portuguesa

O protocolo foi assinado pelo Magnífico Reitor da Univesidade de Cabo Verde, Paulino Lima Fortes e por Eugénio Anacoreta Correia, Presidente do Conselho de Administração do OLP, tendo o Presidente da Academia e da Classe de Ciências,  Eduardo Romano de Arantes e Oliveira proferido uma intervenção alusiva ao acto.

Participaram no acto, Adriano Moreira, Vice-Presidente da Academia e Presidente da Classe de Letras e Ana Maria Costa Freitas, Conselheira da Comissão Europeia, assim como Maria Eduarda Boal e Francisco Nuno Ramos, do Conselho de Administração do OLP.

O Presente Protocolo tem por objecto estabelecer formas de colaboração entre a UNI-CV e o OLP com vista a desenvolver acções de cooperação no âmbito da Educação, à produção e divulgação de recursos e conteúdos no sentido de desenvolver sinergias no apoio ao ensino a distância da Língua Portuguesa e na apresentação de candidaturas a instituições nacionais e internacionais que visem a concretização destes objectivos.

 

 

Discurso do Magnífico Reitor da Univesidade de Cabo Verde, Paulino Lima Fortes

 

Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administração do Observatório da Língua Portuguesa

Exmo. Senhor Presidente da Academia das Ciências de Lisboa

Exmo. Senhor Prof. Adriano Moreira

Exma. Senhora Ana Maria Costa Freitas, Conselheira da Comissão Europeia

Senhores Professores Maria Eduarda Boal e Francisco Nuno Ramos

 

No dia 18 de corrente, participámos na abertura do X Congresso da Associação Internacional dos Lusitanistas em Faro. Nessa sessão tivemos a honra de proferir uma conferência. O tema foi “A Língua Portuguesa na ensino das ciências”. Os tópicos foram, permitam-me referi-los:

1)      Do rigor da ciência ao rigor da linguagem científica;

2)      Dos objectivos da educação científica;

3)      A lingua portuguesa como língua científica e veículo de ciência;

4)      A língua portuguesa e o objectivo “ciência para todos”.

Partindo de um texto de Amílcar Cabral em que demonstra a necessidade de a educação ser feita na língua portuguesa, o tema é depois desenvolvido em quatro vertentes maiores:

1)      A adequação grande da língua portuguesa como linguagem de ciência e a ilustração de exemplos históricos;

2)      O fraco estádio de desenvolvimento das línguas nativas, em particular, a língua caboverdiana, e a sua inadequação ao ensino das ciências;

3)      A língua portuguesa como um instrumento ao nosso alcance para que se cumpra o objectivo “ciência para todos”;

4)      A língua portuguesa fica mais pobre (não evolui) se não for também uma língua de ciência.

Assim é motivo de enorme satisfação estarmos aqui neste momento a assinar um protocolo com o Observatório da Língua Portuguesa que, em boa hora o Embaixador Anacoreta Correia e o Reitor Correia e Silva tiveram a iniciativa de propor.

Com este protocolo a Universidade de Cabo Verde se transforma num dos miradouros desse observatório, que certamente terá vários, os suficientes para cobrir os quase 300 milhões de falantes/produtores da língua portuguesa.

A assinatura do protocolo na Academia das Ciências de Lisboa reveste-se de um simbolismo altamente significativo da cruzada que, ouso dizê-lo, devemos empreender em prol da língua portuguesa como língua de ciência.

Tal é um aspecto maior do nosso compromisso.

 

Paulino Fortes, Reitor da Universidade de Cabo Verde.

 

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