‘Startups’ de PALOP e Timor-Leste em competição sino-lusófona de Macau sobem 73%

Macau, China, 14 out 2025 (Lusa) – A competição sino-lusófona 929 Challenge em Macau atraiu 170 ‘startups’ dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste, mais 73% do que em 2024, disse hoje um dos organizadores à Lusa.

Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, escolheu o aumento da participação dos países lusófonos menos desenvolvidos como o destaque da quinta edição da 929 Challenge.

O também professor da Universidade Cidade de Macau justificou a subida com os novos parceiros da competição: “assinámos acordos estratégicos com a Cabo Verde Digital e a Universidade Eduardo Mondlane [Moçambique]”.

Desde o final da última edição, em novembro de 2024, Rizzolio já foi a Angola duas vezes promover a 929 Challenge, enquanto o outro cofundador, José Alves, visitou São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

“São países muito pequenos, com uma população muito pequena e o ecossistema muito pouco desenvolvido, mas nós conseguimos ter até projetos ali”, sublinhou o organizador, graças a “uma particularidade dos países em desenvolvimento”.

Em países com uma média etária relativamente baixa, “devido também à falta de emprego, a juventude está cheia de energia, está muito aberta para desenvolverem negócios”, explicou Rizzolio.

A quinta edição do 929 Challenge em Macau inclui pela primeira vez o prémio ‘Future Builders’ (Criadores do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos PALOP e de Timor-Leste.

A única vez que uma equipa dos PALOP e de Timor-Leste chegou aos finalistas foi logo na primeira edição, lançada em 2021, em plena pandemia de covid-19, então apenas direcionada a estudantes universitários.

Um projeto da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau para instalar painéis solares na região de Gabu, no leste do país, ficou em segundo lugar.

Rizzolio destacou também que, pela primeira vez, as ‘startups’ dos países lusófonos – incluindo Portugal e Brasil – estão em maioria no 929 Challenge, representando cerca de 65% dos 402 participantes.

“Tínhamos muito mais projetos vindos aqui da China [continental]”, referiu o organizador.

A 929 Challenge “já adquiriu uma certa notoriedade”, defendeu Rizzolio, nomeadamente através da promoção feita na SIM Conference, em maio, no Porto, e no Web Summit, em junho, no Rio de Janeiro.

Começou na segunda-feira o ‘bootcamp’ que decorre ‘online’ do 929 Challenge, tendo atraído mais de 400 equipas e ’startups’, uma subida de mais de 25% em comparação com 2024.

A última edição da competição tinha registado um máximo, com mais de 1.600 participantes em mais de 320 equipas.

Até 11 de outubro, as equipas terão todos os dias uma série de palestras, sessões de mentoria e ‘workshops’ “concebidos para ajudar as equipas a moldar, validar e fortalecer modelos de negócio sustentáveis”.

Os melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10 minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na final, em 30 de novembro.

O concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as universidades locais.

VQ (CAD) // SB – Lusa/Fim

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