Outros países podem estar interessados em adotar o português

A Guiné-Equatorial, onde se fala predominantemente castelhano, instituiu em 2010 o português como língua oficial, uma das condições de adesão deste país à CPLP – o país é observador deste organismo internacional desde 2006.

“Isso tem sido visto como uma oportunidade e abre a porta para que o português se torne oficial também em outros países. Estamos numa fase histórica, em que os países estão a ampliar a oficialidade das línguas”, defendeu Gilvan Müller de Oliveira, responsável do IILP, organismo da CPLP.

“Os países percebem que as línguas são recursos e que é interessante que a população fale mais línguas, que possa haver mais línguas a circular e que elas são pontes para outros países”, sustentou.

Para o responsável, “a internacionalização e a globalização é realmente um valor para um país e a multiplicação das línguas oficiais traz muitos benefícios para um país”.

Müller de Oliveira apontou que está a crescer o número de línguas oficiais no Mundo, “de uma maneira muito rápida”.

“Devemos estar muito atentos para que outros observadores ou candidatos a observadores da CPLP possam ter um caminho e um apoio caso queiram vir a oficializar o português, porque abre novas pontes e novas oportunidades para a nossa comunidade”, sublinhou.

Além da Guiné-Equatorial, são observadores da CPLP as Maurícias e o Senegal.

O diretor-executivo do IILP apontou que “nada impede que o exemplo da Guiné-Equatorial seja percebido como uma oportunidade”, mas disse não existir nenhum pedido nesse sentido.

Müller de Oliveira, original do Brasil, que faz fronteira com o Uruguai, exemplificou que este país “é realmente bilingue, o português é falado em todo o norte”.

“O país fez vários passos na aproximação ao português, na criação de escolas bilingues publicas. Nada impediria, dito de forma teórica, que o Uruguai possa vir a declarar o português como uma língua oficial, no futuro, desde que isso possa ser entendido como uma oportunidade e um processo positivo e controlado pelo governo do Uruguai”, referiu.

JH // PJA – Lusa/fim

 


Subscreva as nossas informações
Scroll to Top