O DIVINO REFUGIADO

Deus refugia-se

Na humanidade.

 

A guerra na terra

Subiu em clamor, 

Perturbou a harmonia dos Céus.

 

Deus desce das Alturas,

Mas não encontra lugar 

No bulício da cidade.

 

Deus torna-se criança,

Esplendor da ternura e da simplicidade.

 

As hospedarias dos homens sem tempo

Estão cheias de preocupações,

 

Não há espaço para Deus-Menino

Que requer o centro das atenções.

 

Deus foge do mundo próspero de si,

Encontra abrigo entre os animais do campo.

 

Só os simples com tempo 

Para contemplar as estrelas

E escutar os sons da natureza

Ouvem a Sua voz!

 

Os pastores guardadores de rebanhos,

Que esperavam o tempo novo 

Da justiça e da fraternidade,

Entenderam a música 

Da paz e da glória divinas.

 

Os sábios viandantes 

Interpretaram o segredo 

Bem guardado desde o princípio 

Entre as palavras vestidas

Da Notícia do futuro!

 

O Velho Criador quis 

Recriar-se Menino e fazer-se comunidade

Consigo e com aqueles que

Ainda criam na terra como a Casa de todos,

Fazendo jovem a velha

Utopia da nova humanidade!

 

Medina de Gouveia

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