Macau, China, 17 abr (Lusa) – As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa subiram 32,6% até fevereiro, em termos anuais homólogos, para 14,84 mil milhões de dólares (13,97 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.
Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 10,28 mil milhões de dólares (9,67 mil milhões de euros) – mais 43,74% – e vendeu produtos no valor de 4,56 mil milhões dólares (4,29 mil milhões de euros) – mais 12,97% comparativamente aos primeiros dois meses do ano passado.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 10,35 mil milhões de dólares (9,74 mil milhões de euros), valor que traduz um aumento de 35,64% em termos anuais homólogos.
As exportações da China para o Brasil atingiram 3,69 mil milhões de dólares (3,47 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 27,61%, enquanto as importações chinesas totalizaram 6,66 mil milhões de dólares (6,21 mil milhões de euros), mais 40,54% face aos primeiros dois meses de 2016.
Com Angola – o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia – as trocas comerciais cresceram 42,40%, atingindo 3,48 mil milhões de dólares (3,27 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 252,1 milhões de dólares (237,3 milhões de euros) – menos 7,72% – e comprou mercadorias avaliadas em 3,23 mil milhões de dólares (3,04 mil milhões de euros) – ou seja, mais 48,69%.
Já com Portugal, terceiro parceiro da China entre os países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se em 704,9 milhões de dólares (663,56 milhões de euros) – menos 12,84% –, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens na ordem de 425,3 milhões de dólares (400,36 milhões de euros) – menos 35,73% – e comprou produtos avaliados em 279,5 milhões de dólares (263,10 milhões de euros), isto é, quase o dobro (+90,26%).
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne a nível ministerial de três em três anos.
São Tomé e Príncipe passou a fazer parte Fórum Macau no final de março, após a China ter anunciado o restabelecimento dos laços diplomáticos com São Tomé e Príncipe, o que sucedeu dias depois de o país africano ter cortado relações com Taiwan e reconhecido a República Popular da China.