Associação brasileira critica lei aprovada por Lula contra utilização de ‘linguagem neutra’

Brasília, 19 nov 2025 (Lusa) – A Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) criticou hoje a aprovação por parte do Presidente brasileiro, Lula da Silva, de uma lei que proíbe a chamada ‘linguagem neutra’ na administração pública.

“A proposta de simplificar textos públicos é importante para ampliar o acesso à informação. Por outro lado, a defesa de formas linguísticas que acolhem identidades é essencial para garantir visibilidade e respeito a todas as pessoas”, escreveu, em comunicado, a Associação Brasileira de Linguística.

Para a ALAB, “toda a linguagem carrega posicionamentos, afeta vidas e pode incluir — ou silenciar”.

“Ao discutir Linguagem Simples e Linguagem (Não) Binária, reconhecemos que nenhuma forma de dizer é neutra”, frisou a associação.

Na segunda-feira, Lula da Silva aprovou a nova lei da Política Nacional de Linguagem Simples, que procura simplificar a linguagem escrita utilizada na administração pública.

Num dos artigos, a lei assinada na segunda-feira estabelece a não utilização de “novas formas de flexão de género e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas, ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, promulgado pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008″.

A lei estabelece parâmetros para tornar as informações do Governo mais simples e acessíveis à população. As orientações incluem, por exemplo, escrever frases curtas e utilizar palavras comuns, de fácil compreensão.

MIM //  RBF – Lusa/Fim

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