“Quando o português chegou debaixo duma bruta chuva vestiu o índio! Fosse uma manhã de sol o índio tinha despido o português.”
Oswald de Andrade (1890-1968), poeta e romancista brasileiro.
“Todos estos exemplos trouxemos, pera mostrar claramente que não ha lingoa algua pura, nem a houve sem ter mistura de outras lingoas.”
Duarte Nunes de Leão (1530?-1608), historiador português, em Origem da Lingoa Portuguesa.
“A língua de Camões ou Jorge Amado tem uma dimensão ontológica que, por vezes, ultrapassa o inglês ou o francês. Entendo que não deveria interessar ao mundo da língua portuguesa a conquista no plano material dos espaços, mas sim a conquista no plano da produção cultural e da espiritualidade.”
Gilberto Gil (1942- ), compositor, cantor e ex-ministro da cultura brasileiro.
“O português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota e bota é uma coisa que se calça.”
Barão de Itararé (1895-1971), jornalista brasileiro.
“No Brasil a linguagem ainda não se libertou. Está virgem. Há um campo imenso para explorar, novas formas, maior flexibilidade, maior expressividade. Em suma: é preciso cultivar a expressividade da língua.”
João Guimarães Rosa, em entrevista a alunos do Colégio Pedro II, em O Cruzeiro, dezembro de 1967.
“Não reparem que eu misture os tratamentos de ‘tu’ e ‘você’. Não acredito em brasileiro sem erro de concordância.”
Nelson Rodrigues (1912-1980), dramaturgo brasileiro.
“Temos no Brasil dois modos de colocar pronomes. O português só admite um, ‘o modo duro e imperativo”: diga-me, faça-me. Sem desprezá-los, criamos um novo: me diga, me faça, modo bom, modo doce, de pedido.”
Gilberto Freyre (1900-1987), sociólogo brasileiro.
“Quando o português chegou debaixo duma bruta chuva vestiu o índio! Fosse uma manhã de sol o índio tinha despido o português.”
Oswald de Andrade (1890-1968), poeta e romancista brasileiro.
“A chegada de D. João VI fez do Rio a efetiva capital do Brasil. De um conjunto de províncias desarticuladas, forjou-se um sentido de identidade e de destino comum. Como já recordava Fernando Pessoa, minha pátria é a língua portuguesa. Nós, brasileiros, compartilhamos esse rico patrimônio do idioma e nos associamos a esse forte sentimento que família, um laço indissolúvel que nos une a Portugal.”
Luis Inácio Lula da Silva, então Presidente do Brasil em março de 2008, durante a exposição “Um Novo Mundo, Um Novo Império”, no Museu Nacional (RJ).
“Nós demos aos brasileiros a terra, o povo e a língua – e nós é que temos sotaque!”
Raul Solnado (1929-2009), ator português.
“O brasileiro é senhor de uma habilidade verbal impressionante! Inventa palavras e expressões, dá novo significado para vocábulos antigos, diverte-se, comunica, pensa e sabe ‘lutar com palavras’.”
Deonísio da Silva (1948- ), escritor e professor brasileiro.
“A língua portuguesa tem mais do que 50 palavras. Usem-nas.”
Mino Carta (1933- ), jornalista brasileiro.
“Os delinquentes da língua portuguesa fazem do princípio histórico ‘Quem faz a língua é o povo’ verdadeiro mote para justificar o desprezo de seu estudo, de sua gramática, de seu vocabulário, esquecidos de que a falta de escola é que ocasiona a transformação, a deteriorização, o apodrecimento de uma língua. Cozinheiras, babás, engraxates, trombadinhas, vagabundos, criminosos é que devem figurar, segundo esses derrotistas, como verdadeiros mestres de nossa sintaxe e legítimos conhecedores de nosso vocabulário.”
Napoleão Mendes de Almeida (1911-1998), gramático brasileiro.
“A linguagem tem variações regionais, sociais e de estilo. Mas a língua da cultura se sobreleva e possibilita a unidade nacional no idioma.”
Evanildo Bechara (1928- ), gramático brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
FONTE: Linguagens