Construção de infraestruturas e educação são desafios para a CPLP

Maputo, 05 set (Lusa) – O bastonário da Ordem dos Engenheiros de Portugal apontou hoje, em Maputo, a construção de infraestruturas de base e a educação como os principais desafios à engenharia na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Um dos desafios principais que ainda se impõem é, sobretudo, o de ajudar os países a fazer as infraestruturas de base”, disse Carlos Mineiro Aires à Lusa.

O bastonário português falava à margem do 8.º Congresso Luso-Moçambicano e 5.º Congresso de Engenharia de Moçambique, um evento que junta profissionais moçambicanos e portugueses a partir de hoje e até sexta-feira.

Para Carlos Mineiro Aires, os governantes dos países da CPLP devem apostar na educação, através de currículos atuais, como forma de garantir o surgimento de engenheiros capazes de responder às exigências do mundo contemporâneo.

“O mundo está hoje em diversos níveis. Há uns que só falam em digitalização e robotização, mas há outros que não têm abastecimento de água e serviços básicos. Isto é que são as questões básicas” acrescentou aquele responsável.

Por outro lado, a cooperação entre os países membros é fundamental para o desenvolvimento desta área, segundo o bastonário.

Dentro desta necessidade de reforçar a cooperação, Carlos Mineiro Aires disse que Portugal e Moçambique estão a rever o memorando assinado em 2004, como forma de atualizar a relação entre as duas ordens de engenheiros e estudar mecanismos de atuação.

“Este memorando permite a mobilidade de engenheiros moçambicanos para Portugal e de portugueses para Moçambique, permite a entreajuda e a cooperação”, acrescentou Carlos Mineiro Aires, observando que o congresso abre espaço para avaliar as formas de colaboração.

Entre os temas que compõem o programa, destaca-se “o ensino da engenharia e tecnologias de informação” e a edificação de “obras públicas e infraestruturas de transporte, bem como regeneração urbana e habitação em áreas informais”.

O evento está a ser organizado pelas ordens de engenheiros de Portugal e Moçambique, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo.

Além da sessão de abertura realizada hoje, haverá uma sessão solene na quarta-feira que contará com a presença do chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.

EYAC // FPA – Lusa/Fim
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