Bissau, 17 jul 2023 (Lusa) – O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau defendeu hoje que a realização do exercício Felino 2023, que junta quatro países lusófonos, incluindo Portugal, é “a prova da estabilidade” do país, que “deve ser mantida sempre”.
O general Biagué Na N’Tan deu hoje as boas-vindas aos participantes, no quartel-general das Forças Armadas guineenses, na abertura oficial do exercício, que decorre até sexta-feira.
Dezassete militares, entre oficiais e soldados do Brasil, Guiné-Bissau e Portugal e Timor-Leste, estarão reunidos naquela que é a conferência principal e final do exercício Felino 2023.
Os militares vão simular, em computadores, situações de guerra e executar as respostas que devem ser dadas em operações de paz e ajuda humanitária naquele que é chamado formato “Carta”.
Em 2024, Portugal acolhe outro formato do exercício Felino, desta feita com militares no terreno.
De acordo com o tenente-coronel Ricardo Gomes Cristo, das Forças Armadas portuguesas, a Guiné-Bissau solicitou a Portugal a elaboração das estratégias a serem implementadas nos exercícios hoje iniciados em Bissau e que visam testar o planeamento e a interoperabilidade das forças e ainda analisar se os procedimentos do Estado-Maior conjunto estão consolidados.
Realçando ser “já uma realidade” a existência de um Estado-Maior Conjunto, o militar português destacou que “constitui enfoque principal” desta estrutura reunida em Bissau planificar as operações de paz e de ajuda humanitária na Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP).
Em representação da delegação brasileira, o coronel Anderson Clayton Francisco disse à Lusa que o seu país quer ajudar com a sua experiência em operações de paz para que o Comando Conjunto dos Estados lusófonos, que disse, “terá sempre o mandato das Nações Unidas”, seja rapidamente instalado.
O coronel Clayton Francisco notou que o Brasil poderia contribuir com a sua experiência no domínio de planeamento.
O militar brasileiro adiantou que o seu país acolhe em 2025 os exercícios Felino no formato “Carta”, sendo na altura a Guiné Equatorial o país anfitrião, e em 2026 receberá as operações no terreno.
Em representação das Forças Armadas de Timor-Leste, o coronel João da Silva Esteves sublinhou a importância do encontro entre os militares da CPLP e disse que o seu país deverá voltar a acolher “proximamente as operações Felino” depois de as ter recebido em 2014.
MB // JH – Lusa/Fim
VER: