Bissau, 11 fev 2025 (Lusa) – Um grupo de cidadãos guineenses apresentou hoje a primeira Bienal de arte e cultura do país que deverá decorrer de 01 a 31 de maio em vários locais, disse à Lusa, Alimo Djaló, membro da organização.
De acordo com Djaló, secretário da bienal, o evento pretende “colocar a Guiné-Bissau e os seus artistas no panorama mundial da arte contemporânea” e também incentivar os “fazedores de arte a se organizarem melhor”.
O tema da bienal é: “Mandjuandadi, identidades em liberdade”, um conceito que visa dar a conhecer uma tradição guineense que simboliza a ‘mandjuandadi’, espaços de socialização e de partilha entre indivíduos da mesma faixa etária ou social.
A bienal, denominada MoAC Biss (mostra de arte e cultura de Bissau), terá concertos, espetáculos de teatro, mostras de artes plásticas e visuais, cinema, exposições e palestras sobre diversos temas.
Elementos da cultura guineense residentes no estrangeiro, nomeadamente a cantora Karina Gomes, o realizador e ator Welket Bunke, bem como o artista plástico Nu Barreto foram chamados para orientar algumas curadorias da bienal.
Os outros curadores são a linguista Zaida Pereira e António Spencer Embalo, antigo secretário de Estado da Cultura guineense para quem a bienal também deve servir como espaço de para “o início de transformação do ‘kriol’ (língua crioula) como património cultural nacional.
Spencer Embalo igualmente gostaria de ver a bienal a “lançar as sementes” para a criação de um museu de arte contemporânea da Guiné-Bissau.

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