V Congresso da Cidadania Lusófona

Cinco anos após termos lançado este novo conceito da “cidadania lusófona”, ainda há muita gente, com efeito, que o estranha. Assumimo-nos, naturalmente, como cidadãos portugueses, por um lado, e como cidadãos do mundo, por outro. Assumimo-nos ainda, com a mesma naturalidade, como cidadãos europeus. Mas ainda não nos assumimos tão naturalmente como cidadãos lusófonos. Seguindo o célebre “slogan” de quem assumiu como sua Pátria a língua portuguesa (falamos, claro está, de Fernando Pessoa), “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Chegará – estamos certos disso – o dia em que, naturalmente, nos assumiremos, todos, como cidadãos lusófonos.

Tal como ocorreu nos quatro primeiros Congressos da Cidadania Lusófona, também o V Congresso reunirá uma série de personalidades que, na teoria e na prática, muito se têm batido pelo reforço dos laços entre os países e regiões do espaço da Lusofonia – no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Falamos, entre outros, de Adriano Moreira, Ângelo Cristóvão, Duarte de Bragança, Lauro Moreira e Ruy Mingas, todo eles tendo já recebido o Prémio MIL Personalidade Lusófona, que entregamos desde 2010, ano da nossa formalização jurídica.

O V Congresso da Cidadania Lusófona irá decorrer em Novembro, nos dias 13 e 14, no Palácio Valenças, por especial deferência da Câmara Municipal de Sintra, e no Liceu Pedro Nunes (Lisboa), em parceria com a Associação Nacional de Professores de Português e, como sempre, com o patrocínio institucional da PASC: Plataforma de Associações da Sociedade Civil – Casa da Cidadania e da NOVA ÁGUIA: Revista de Cultura para o Século XXI. Uma vez mais, iremos agregar Associações da Sociedade Civil de todos os países e regiões do espaço lusófono, em torno do tema “Liberdade de Circulação & e outras liberdades para o espaço lusófono”, assim procurando promover uma reflexão conjunta sobre algumas liberdades que deveriam existir no espaço lusófono: desde logo, a liberdade de circulação e de residência, entre outras.

Optámos, desta vez, por estender o Congresso a um Liceu – o Liceu Pedro Nunes, um dos mais prestigiados da capital portuguesa – porque queremos chegar um público mais jovem. Estes Congressos, por procurarem desde logo defender e difundir o conceito de uma cidadania lusófona, têm uma dimensão fortemente pedagógica. Mais do que um conceito, tratar-se-á de vivenciar uma experiência. Durante dois dias, pelo menos, como aconteceu nos Congressos anteriores, poderemos ter uma experiência bem concreta de uma mesma cidadania, mais de que isso, de uma mesma fraternidade. No fundo, é isso que tem germinado nestes Congressos: uma fraternidade lusófona. Algo que, estamos certos, irá consolidar-se e frutificar num futuro próximo.

Renato Epifânio

Presidente do MIL: Movimento Internacional Lusófono

Ler mais: http://cidadanialusofona.webnode.com/

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