O reitor da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) defendeu hoje uma aposta renovada na formação e capacitação dos docentes, projeto em que o seu centro está empenhado, mas que requer também o envolvimento dos decisores políticos.
“É um projeto ambicioso de reforço da formação pedagógica que requer o compromisso dos docentes, mas também dos decisores políticos, técnicos e outros parceiros integrantes do processo”, afirmou.
O projeto prevê a criação de um centro que ajude a fortalecer a qualidade do ensino e da aprendizagem, fomentando a formação continua dos docentes, com uma forte aposta na componente de investigação e académica.
Guterres recordou que é necessária uma formação “orientada para o desenvolvimento de competências que se expressam no necessário equilíbrio entre o que a sociedade espera hoje e a estrutura dos planos curriculares de quem ensina”.
No caso de Timor-Leste é especialmente importante, recordou, a responsabilidade da UNTL na criação de um modelo de ensino que contribua para o desenvolvimento nacional, procurando articular, da melhor forma, o trabalho universitário com o contexto social nacional.
Ao Governo, o reitor disse que a aposta deve ser numa educação superior estruturada “numa lógica ativa de formação, em vez de numa formação passiva limitada apenas à transmissão de conhecimentos”.
A metodologia deve ser, por isso, assente no desenvolvimento de competências interpessoais dos docentes e dos estudantes com o “envolvimento efetivo dos atores educativos no processo de ensinar”, procurando uma “lógica corporativa entre ensino superior universitário e politécnico”.
Na sua intervenção o reitor da UNTL anunciou ainda a criação de um Repositório Cientifico de Acesso Aberto em Timor-Leste, com “acesso a informação e conhecimento essencial tanto para o progresso do ensino e formação como para o desenvolvimento sustentável da sociedade”.
“É necessário permitir acesso à informação científica sobre Timor-Leste à comunidade. A dificuldade de aceso a livros é um problema e por isso é importante tornar acessível, de forma gratuita e online, informação aberta pra todos”, disse.
ASP // JCS – Lusa/fim