São Tomé, 24 mai (lusa) – O leitorado brasileiro da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) está a promover durante três dias o primeiro encontro de letras com palestras, simpósio, minicursos e atrações culturais para assinalar o segundo aniversário da fundação desta instituição.
A literatura são-tomense marcou o arranque desse conjunto de eventos dedicados à língua e literatura, que decorre com a presença de especialistas nacionais e estrangeiros.
“Elegemos este encontro para a divulgação do valor da língua e da literatura”, disse Peregrino Costa, reitor da USTP, que identificou a literatura “como meio de afirmação e de propagação de aspetos identitários dos povos”.
Na sessão de abertura, a assistência acompanhou uma sessão da trajetória da literatura são-tomense com destaque para alguns dos nomes mais conhecidos.
Jorge Bom Jesus, que já exerceu por duas vezes o cargo de ministro da Educação e Cultura considerou este evento como “fundamental no quadro da promoção da literatura são-tomense e na formação da juventude”.
“Temos a literatura oral e a literatura escrita, portanto há todo um acervo de valores pedagógicos, cívicos e de alguma forma até políticos que devem ser transmitidos a esta nova geração”, disse Jorge Bom Jesus.
O ex-ministro sublinha, por isso, a necessidade dos estudantes são-tomenses se apropriarem cada vez mais da literatura são-tomense, defendeu que esta “deve ser cada mais democratizada” e reiterou a necessidade do ensino da literatura nas escolas.
“Nada melhor que introduzi-la nos nossos currículos escolares e aí é uma responsabilidade das autoridades centrais do Ministério da Educação, estou falando desde o ensino básico alargado de seis classes, passando pelo secundário e naturalmente o ensino superior”, defendeu.
Segundo a organização, o encontro de letras da Universidade de São Tomé e Príncipe é também uma forma de dar a conhecer trabalhos de investigação produzidos por este estabelecimento de ensino.
“A intenção maior deste primeiro encontro de letras é mostrar as possibilidades de trabalho nessa área de ciência que é uma área muito forte e que tem sido feita aqui na Universidade de São Tomé e Príncipe, mas ninguém sabe, ninguém conhece”, explicou, por seu lado, a brasileira Eliane Oliveira, organizadora do evento.
Comments are closed.