Universidade de Santiago de Compostela distingue Professor Ivo Castro com grau de Doutor Honoris Causa

Antonio López Díaz, Reitor da Universidade de Santiago de Compostela, refere que esta distinção reconhece “não só as suas relevantes contribuições nos campos da linguística e da filologia portuguesa e da crítica textual, como também, especialmente, o seu empenho por tecer laços de colaboração entre a academia portuguesa e a linguística galega e o seu esforço por difundir a língua e cultura galegas“ no espaço universitário lusitano.Na Faculdade de Letras o Professor Doutor Ivo Castro foi Presidente da Assembleia de Faculdade (2012-2013), Director da Área de Ciências da Linguagem (2009-2013), Director do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (2008-2010), Presidente do Departamento de Linguística Geral e Românica (2004-2006), e Director da Cátedra de Estudos Galegos (1995-2004), entre outros. Em 2014 foi distinguido com o título de Professor Emérito da Universidade de Lisboa pela sua acção e prestígio académico e científico, e pela contribuição para a projecção da Universidade.A atribuição do grau de Doutor Honoris Causa ao Professor Doutor Ivo Castro vai decorrer em data a anunciar.

Texto: Tiago Artilheiro (FLUL-DREI, Núcleo de Imagem e Comunicação)


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Entrevista ao Professor Ivo Castro (clique para aceder)

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O território da sua formação é a chamada Galaecia Magna, um triângulo definido por toda a Galiza, o noroeste de Portugal e, no litoral, uma faixa que desce até ao rio Vouga. Esse é o berço de um romance que, em tempos iniciais, só podemos chamar de galego-português, assim reconhecendo que nem a língua nem o povo que a falava eram internamente destrinçáveis. A destrinça viria mais tarde, quando Galiza e Portugal se tornam realidades políticas diferentes, a primeira tendo por futuro a anexação castelhana e o segundo tendo um futuro menos sombrio. A partir de fins da Idade Média, os destinos de ambos separam-se: a língua portuguesa que se reconfigura no centro e sul, e que logo será levada pela expansão, não se pode mais confundir com o galego.

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