Há coisas que, de tão vergonhosas, até o diabo foge delas. Pópilas! Vejam só o atrevimento!
De há alguns dias a esta parte, o Word 2007 do meu computador, ferramenta que utilizo para escrever os meus textos, passou, automaticamente, a assinalar erros ortográficos em palavras, que eu tinha a plena convicção de estarem correctamente escritas. Pensei até que a selecção para a configuração ortográfica do português de Portugal tivesse “emigrado” para o Brasil. Mas não. Emprestando um pouco mais da minha atenção e paciência a este assunto, questionando, também, outras pessoas, conclui que, através de algumas das actualizações automáticas, sem me pedirem qualquer opinião sobre o assunto, passaram-me a impor um novo dicionário da língua portuguesa de Portugal, quando o antigo corrector ortográfico se encontra ainda em uso. Se não foi por feitiço que isto aconteceu, então andou, de certeza, aqui, uma mãozinha marota.
O meu país, Angola, tem, por opção e não por imposição, o orgulho de ter a Língua Portuguesa como língua oficial e de escolaridade. Uma língua que, a par de outras línguas africanas, é património de todos os angolanos que a falam, independentemente do facto de a terem adquirido como primeira ou segunda língua.
Angola assinou o novo acordo ortográfico, mas, por razões de ordem, essencialmente, científica e cultural, ainda não o ratificou e tem todo o direito de querer voltar a discuti-lo, pelo facto de, em alguns aspectos, não se rever nele. De nenhum modo terá de ser obrigado a consumi-lo, tal como, no seu todo, o mesmo se apresenta. Ler o artigo completo Jornal de Angola)