Transporte de gás de Moçambique para África do Sul

Maputo, 30 nov (Lusa) – A companhia de energia sul-africana Sasol anunciou hoje em comunicado um investimento de 210 milhões de dólares para duplicar a capacidade do gasoduto que transporta gás de Temane, em Moçambique, para Secunda, na África do Sul.

“O projeto envolve a instalação de um ‘pipeline’ [estrutura de transporte de energia] paralelo ao existente, desde a Estação 1, que está a 128 quilómetros da central de processamento, numa extensão de 127 quilómetros, no final dos quais é ligado novamente ao ‘pipeline’ principal, na Estação 2”, anunciou hoje a empresa numa nota colocada no seu site.

A expansão da capacidade de transporte de gás de Moçambique para a África do Sul deverá estar em funcionamento no princípio de 2017, “mas vai poder também servir outros mercados em Moçambique e na África do Sul quando o gás estiver disponível”, lê-se no comunicado.

Gasoduto SASOL - Temane - Moçambique
Gasoduto SASOL – Temane – Moçambique

A Sasol é a empresa líder do consórcio ROMPCO – Companhia de Investimentos no Pipeline da República de MOçambique, que envolve também a Companhia Mocambiçana de Gasoduto e a Companhia de Desenvolvimento do Gás da África do Sul, e descreve este gasoduto como “um marco no projeto do gás natural que permitiu monetizar [tornar rentável] o gás pela primeira vez, tornando-se uma referência na criação de parcerias público-privadas multilaterais e atravessando vários países”.

Durante a construção desta segunda estrutura de transporte de gás, o projeto vai criar cerca de 700 empregos, afirma a empresa, assegurando que a maioria dos novos trabalhadores será recrutada “nas comunidades próximas do projeto”.

“Este projeto aprofunda o nosso compromisso com o desenvolvimento de competências e com a criação de oportunidades de emprego através das nossas atividades”, diz o diretor geral do consórcio ROMPCO, Louis Bosch, citado no comunicado.

O primeiro gasoduto custou 200 milhões de dólares e mostra, segundo o consórcio, “o comproimisso de investir no desenvolvimento da infraestrutura de Moçambique com recurso a fornecedores locais”, que vão assim ajudar a empresa a responder ao aumento da procura de eletricidade, estimada em 14% ao ano.

MBA // APN – Lusa/Fim
Pescadores da aldeia da Maganja, no norte de Moçambique, preparam as suas redes para a pesca, 16 de março de 2015. A comunidade de pescadores da aldeia de Maganja vive dias de incerteza desde que foi informada que "o mar vai fechar", por causa da instalação de um megaprojeto de processamento de gás natural. EMANUEL PEREIRA/LUSA
Pescadores da aldeia da Maganja, no norte de Moçambique, preparam as suas redes para a pesca, 16 de março de 2015. A comunidade de pescadores da aldeia de Maganja vive dias de incerteza desde que foi informada que “o mar vai fechar”, por causa da instalação de um megaprojeto de processamento de gás natural. EMANUEL PEREIRA/LUSA
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