“Timor-Leste quer trabalhar na base do consenso. Esse é um dos princípios da própria organização. Timor-Leste no momento oportuno vai fazer saber a sua posição, mas para já queremos que seja por consenso”, afirmou o Presidente timorense, quando questionado sobre a posição das autoridades de Díli em relação à adesão daquele país.
Timor-Leste vai assumir em 2014 a presidência da CPLP e a eventual adesão da Guiné Equatorial deve voltar a ser discutida na próxima cimeira daquela organização a realizar em julho do próximo ano na capital timorense.
“O facto de Timor-Leste ser escolhido para liderar a presidência da CPLP para o biénio 2014-2016 para nós é um privilégio enorme. Vamos naturalmente explorar todas as formas possíveis para que essa Presidência contribua também para o reforço e consolidação das relações entre os Estados-membros”, disse Taur Matan Ruak.
A Guiné Equatorial, país liderado por Teodoro Obiang desde 1979 e considerado um dos regimes mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos, tem estatuto de país observador na CPLP desde 2006, mas o processo de adesão tem sido adiado.
Em maio, durante uma visita oficial a Portugal o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, considerou ser benéfica para a comunidade lusófona a adesão da Guiné Equatorial.
MSE(FP) // PJA – Lusa/Fim
Foto: O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, durante entrevista em Dili, Timor-Leste, 16 de setembro de 2013. Taur Matan Ruak afirmou que a sua visita oficial a Portugal tem como principal objetivo agradecer a generosidade do povo português com Timor-Leste. ANTÓNIO AMARAL/LUSA