Susana Gaspar, que representa Portugal, é uma de 20 concorrentes de diferentes países, escolhidos entre mais de 400 candidatos, em início de carreira.
O concurso, este ano na 30.ª edição, realiza-se bienalmente no País de Gales e testa a capacidade de interpretação de árias operáticas ou de música sacra.
O vencedor do prémio principal recebe 15 mil libras (18 mil euros), um troféu e, provavelmente, convites para espetáculos ou gravações.
A presença num evento destes, no entanto, transmitido pela televisão pública britânica, “já é bom”, disse a cantora à agência Lusa.
“Pode ser uma rampa de lançamento. Aparecer o nome na televisão ou na internet é importante para cantores que estão a começar”, afirmou Susana Gaspar.
Além de concorrer ao prémio principal, cuja prova será na quarta-feira, a soprano portuguesa tentará também ganhar o troféu de melhor canção, cujo recital abrirá o evento, no domingo.
Apesar de representar o país onde nasceu, Susana Gaspar não foi proposta por Portugal, mas por “padrinhos” britânicos: o antigo professor na Guildhall School of Music & Drama, Peter Robinson, e a Royal Opera House, instituição onde atualmente trabalha.
“Sinto-me muito orgulhosa de aqui estar, sinto-me bem e vou dar o melhor, mas não depende só de nós”, admitiu.
O júri é composto por dez elementos, entre cantores líricos, maestros e diretores de ópera de várias nacionalidades.
As provas ao longo da semana vão determinar a escolha de cinco finalistas, sendo o prémio canção decidido na próxima sexta-feira, 21 de junho, e o prémio principal, no próximo domingo, 23 de junho.
Susana Gaspar, de 32 anos, termina em agosto os dois anos do programa Jette Parker para Jovens Artistas, na Royal Opera House, ao longo do qual desempenhou papéis em várias produções, ao lado de artistas consagrados.
No dia 30 de junho, participará no espetáculo final, encenado pelo compatriota Pedro Ribeiro, encenador, partindo, em seguida, para a Nova Zelândia para desempenhar o papel de Violeta, numa produção de “La Traviata”, de Verdi.
Em setembro conta apresentar-se em concerto em Portugal, integrada na Orquestra XXI, projeto vencedor do primeiro prémio do FAZ – Ideias de Origem Portuguesa, concurso da Fundação Calouste Gulbenkian e da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação.
BM // MAG – Lusa/Fim
Foto recolhida no sítio Askonas Holt