Silviano Santiago vence Prémio Oceanos

São Paulo, 09 dez (Lusa) – O escritor brasileiro Silviano Santiago venceu o Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa com o romance “Mil Rosas Roubadas”, anunciou na terça-feira a organização em São Paulo.

Silviano Santiago, 79 anos, também crítico e professor de literatura brasileira, tem o nome ligado a mais de 30 livros, incluindo as suas obras de poesia, ensaios, contos e romances, além de participações em antologias literárias e coletâneas que organizou.

O vencedor do prémio Oceanos, no valor de 100 mil reais (28.600 mil euros), também é crítico de literatura e cultura em jornais, realiza conferências e faz trabalhos de curadoria.

Silviano SantiagoFormado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais, fez um doutoramento em Letras na Université Paris-Sorbonne, em 1968, e foi professor visitante e investigador em universidades dos Estados Unidos, Canadá e Brasil.

O livro “Mil Rosas Roubadas”, vencedor do Prémio Oceanos, parte do encontro entre dois adolescentes em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, em 1952, à espera de um elétrico. Sessenta anos depois, um deles, o produtor cultural Zeca, agoniza num hospital, enquanto o outro, um professor aposentado de História, descreve a trajetória do “amigo inseparável” para se lembrar da sua própria vida.

O Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, que foi entregue pela primeira vez, em São Paulo, tem organização do instituto Itaú Cultural e substituiu o antigo Prémio Portugal Telecom de Literatura.

A segunda classificada do prémio Oceanos, Elvira Vigna, é jornalista e escritora. Nascida em 1947, tem dez romances e cerca de 20 contos e textos curtos publicados – o romance “Nada a Dizer” chegou a Portugal em 2013.

Alberto Mussa, 51 anos, o terceiro colocado, é romancista, contista e tradutor. Realiza estudos sobre diversas culturas e transporta para os seus livros mitologias africanas, árabes e indígenas.

O poeta Glauco Mattoso, 61 anos, que ficou em quarto lugar, é também contista, cronista, ensaísta e tradutor. O seu nome de nascimento é Pedro José Ferreira da Silva e a alcunha artística alude ao glaucoma, doença degenerativa que lhe tirou a visão.

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