Brasília, 03 jun (Lusa) – A XXI Semana Cultural Portuguesa de Campinas, de 3 a 10 de junho, promete animar os brasileiros com histórias de Camões e navegadores, um cheirinho a Santos Populares e receitas lusas, com o bacalhau como destaque.
Maria José Castro Marcos, diretora de cultura da Casa de Portugal, disse à agência Lusa que o público do evento tem vindo a aumentar “com o passar dos anos”, sendo necessário, por exemplo, limitar o número de participantes para o curso de culinária portuguesa.
“Começámos a fazer o Portugal à mesa com algumas receitas e, de repente, é o mais procurado”, disse a portuguesa que chegou ao Brasil com apenas três anos, adiantando: “É preciso que haja bacalhau, tanto que desta vez será feito o bacalhau à moda portuguesa”.
O evento começará com a palestra “Camões: a história portuguesa em poesia”, com Sílvia Caetano Silva, uma professora de português que tem-se dedicado à “literatura portuguesa e brasileira”.
No Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, a 10 de junho, Wagner dos Santos Oliveira, formado em Portugal e atualmente professor na Universidade Estadual de Campinas, apresentará a palestra “Navegações Portuguesas – (século XIV – XVI ): Um projeto tecnológico e científico nos primórdios da era moderna”.
As festas juninas, que começam no sábado, “são a grande atração da Casa [de Portugal]” e têm inspiração nos Santos Populares portugueses, destacou, explicando que todos os eventos culturais são realizados por pessoas de Campinas.
“As pessoas encontram a comida típica portuguesa – alheiras, linguiça, bacalhau assado na brasa, caldo verde e bolinhos de bacalhau – e os ranchos folclóricos”, disse, frisando que há espetáculos de ranchos durante o todo o ano na Casa de Portugal, que há existe há 58 anos.
Numa semana de tradições portuguesas, haverá ainda espetáculos de fado e de grupos corais, um campeonato de sueca e a Outorga do Título de Cidadão Campineiro pela Câmara Municipal de Campinas.
Maria José Castro Marcos lembrou que, em edições anteriores, viveu “momentos de muita alegria”, quando, por exemplo, um grupo coral trabalhou com crianças que “cantaram o hino português com uma vibração muito grande, como se fosse o hino brasileiro”.
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