Windhoek, 17 ago (Lusa) – A 38.ª Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) começa sexta-feira em Windhoek (Namíbia), tendo como pano de fundo a resolução de conflitos políticos e o desenvolvimento da região.
Sob o lema “Promover o Desenvolvimento das Infraestruturas e o Empoderamento da Juventude para um Desenvolvimento Sustentado”, a reunião, que decorre no Centro de Conferências de Windhoek, conta com a presença dos chefes de Estado de Angola, João Lourenço, e de Moçambique, Filipe Nyusi.
A instabilidade política no Zimbabué, com o fim do “reinado” de Robert Mugabe e as eleições que reafirmaram Emmerson Mnangagwa como Presidente, e acima de tudo, o processo político e eleitoral, bem como a violência, na República Democrática do Congo (RDCongo) estão no centro das atenções dos 15 Estados-membros da organização.
As relações económicas e comerciais na África Austral, bem como o desenvolvimento das infraestruturas – portos, aeroportos, estradas, entre outros -, também estarão em debate, sobretudo tendo em conta a necessidade de se ter de contar com uma juventude numa região em que o desemprego jovem é grande.
Outro tema a abordar é a situação de seca que atravessa vários países da região austral do continente, sobretudo em Moçambique, Lesoto, Malaui, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué, face ao baixo índice de precipitação e chuva ocorrido na última época das chuvas, que afetou negativamente as colheitas com quedas de produção na ordem dos 23% (África do Sul) e 34% (Zâmbia) – os principais produtores de cereais, designadamente milho, na região.
Durante os trabalhos da cimeira, o chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, vai passar a presidência rotativa da SADC ao homólogo da Namíbia, Hage Geingob, da mesma forma que a presidência do Conselho de Ministros passou, quarta-feira, da ministra das Relações Internacionais e Cooperação sul-africana, Lindiwe Sisulu, para o seu homólogo namibiano, Natumbo Nandi-Ndaitwa