Riqueza conjunta pode chegar a 10% do PIB Mundial em 15 anos

Em entrevista à Lusa, Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), mostrou-se otimista relativamente à vertente económica da organização: “Nada é impossível se queremos uma CPLP forte e desafiante perante este ambiente de globalização”.

Abdula argumenta que “temos condições, fomos abençoados, temos recursos naturais de grande dimensão descobertos nos últimos dez anos, temos mão-de-obra jovem, e se nos posicionarmos como deve ser, levando a tecnologia necessária para dar mais-valias às nossas riquezas naturais onde elas existem, podemos transformar a CPLP numa estrela a nível mundial, fazendo o nosso PIB passar de 4 para 10% do total mundial daqui a dez ou quinze anos”.

O responsável afirma também que, para além de ser uma voz do setor privado, a CE-CPLP quer igualmente expandir-se para além dos países que falam o português, apostando nos mercados regionais onde cada um está inserido.

“A estratégia comercial da CE-CPLP é usar a Comunidade para chegar às outras plataformas da lusofonia”, diz o responsável, lembrando que em janeiro participou na primeira reunião dos empresários lusófonos em Goa, local que pode ser usado como plataforma para a Índia e para a Ásia, à semelhança do que acontece em Macau, que é “uma plataforma de negócios com a China”.

Para crescermos, é preciso criar uma economia de escala maior e criar a nossa própria marca CPLP, concluiu o responsável, reconhecendo que estes são “projetos a médio prazo, mas que só precisam do apoio da classe política para os empresários os tornarem realidade”.

MBA // PJA – Lusa/Fim

Foto: Foto: O empresário português Américo Amorim (D), acompanhado pelo empresário moçambicano, Salimo Abdula (C), durante a cerimónia de abertura do “Banco Único”, em Maputo, Moçambique, 15 de setembro de 2011. ANTONIO SILVA / LUSA

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