Reino Unido: Autarca de Lambeth defende promoção do ensino da língua portuguesa

Tida como a zona mais conotada com a presença portuguesa no Reino Unido, o município de Lambeth alberga “cerca de 50 mil portugueses e luso-descendentes”, como revelou Luis Ventura ao Emigrante/Mundo Português.

A comunidade lusa constitui o grupo de estrangeiros com maior expressão no município, tendo, em termos políticos, um grande potencial eleitoral e de representatividade, já que os portugueses têm direito de voto nas eleições autárquicas.
Uma realidade que não deixou indiferente o presidente da Câmara local. Steve Reed apoiou desde o início, a criação Centro Português de Apoio à Comunidade Lusófona de Lambeth, um espaço que pretende ser a «Casa da Lusofonia» na região de Londres. “Foram eles que deram o pontapé de saída do Centro, com a atribuição de 500 mil libras (572 mil euros)”, avançou Luis Ventura, acrescentando que “estima-se que existem entre 400 e 600 mil lusófonos em Londres e praticamente não se tem feito nada em termos de apoios”. 
A atribuição da verba foi aprovada pela assembleia municipal de Lambeth em Outubro de 2009 e o Centro Português de Apoio à Comunidade Lusófona, entrou recentemente em actividade.
Luis Ventura explicou ainda que o espaço pretende sediar actividades ligadas à educação, cultura e negócios, nomeadamente cursos de inglês, informática e português. O Centro deverá ainda este ano dinamizar, com o apoio da autarquia de Lambeth, o «Mês Lusófono» em Londres. O evento que deverá ocorrer em Outubro, pretende ser uma celebração da lusofonia, com actividades diversas relacionadas com os países lusófonos, e realizar-se todos os anos.
Além das actividades de cariz educativo, cultural e económico, o Centro foi pensado para ser um espaço de apoio à integração aos emigrantes que chegam à área de Londres. “Há uma nova vaga de emigração portuguesa, chegam aviões com famílias todos os dias”, revela Adelina Pereira, alertando para o facto de chegarem “pessoas em situação limite, com pouco dinheiro”.
“Têm problemas em arranjar emprego porque não sabem que, por exemplo, é preciso abrir uma conta bancária, e registarem-se nos serviços de saúde para que lhes seja atribuído um médico de família”, explica a dirigente do Centro, acrescentando que este pretende desenvolver um trabalho no sentido de facilitar “na medida do possível a integração desses portugueses” e lusófonos em geral. “Algo que requer mais conhecimentos do que propriamente recursos financeiros”, disse.

Ana Grácio Pinto
apinto@mundoportugues.org

 

FONTE: Mundo Português

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