A nova ferramenta, que foi aberta para testes em junho deste ano e já conta com mais de 900 membros ativos, foi idealizada pelo jornalista Luís Bizarro, de 54 anos, de Braga, que vislumbrou na rede a possibilidade de potencializar as trocas culturais e intelectuais entre os falantes da língua portuguesa.
“O Ollá+ não existe para competir com o Facebook, o que seria uma gigantesca estupidez. A função do Ollá+ é proporcionar um espaço comum, onde os membros possam visitar quando entenderem, ao seu ritmo, e desfrutar das possibilidades que a rede oferece”, explicou à Lusa Luís Bizarro.
A intenção da rede é ser uma plataforma social de expressão lusófona, com abrangência em todos os países de língua portuguesa e também entre os imigrantes desses países e os estrangeiros falantes da língua.
“O objetivo é estabelecer pontes de conhecimento, cultural, sociedade, negócios, de todos que pertencem à grande comunidade global que fala português”, explica o responsável, salientando que a ideia nasceu de uma conversa com uma professora brasileira.
No início do ano, um amigo brasileiro pediu para que ajudasse a uma amiga universitária que iria a Braga participar num seminário na Universidade Católica.
“Ela não precisou de mim, pois já trazia todas as informações, mas fizemos amizade, trocámos ideias, falámos dos nossos países, das respetivas culturas, política, e tudo em português, sem necessidade de falar outra língua que não a nossa”, salienta Luís.
O programador que executou o projeto é Jorge dos Santos, também português, que vive no Porto, pelo que o trabalho de equipa é feito via telefone e internet.
A divulgação tem sido feita exclusivamente via Facebook, por meio de grupos de interesse ligados a arte, cultural, universidades, entre outros.
“Por essa razão que até agora os membros do Ollá+ são pessoas corretas umas com as outras e com a própria rede social”, destaca Bizarro.
De acordo com o responsável, para executar o projeto foi necessário, até o momento, um investimento estimado de 5.000 euros, para gastos como a compra de aplicações, alojamento do projeto na rede, domínio, além do tempo de trabalho investido na programação.
Bizarro lamenta a falta de apoio institucional, especialmente durante a II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa, quando viu recusado um pedido de divulgação do projeto.
Agora, os promotores querem apostar na recolha de doações financeiras, através do “crowdfunding”, para projetos científicos.
“Os autores apresentam o projeto que pretendem desenvolver, na área cultural, educacional, científica e propõem receber uma pequena colaboração monetária “, afirma Bizarro, a explicar que nesse caso todas as transações serão realizadas pelo cartão virtual Paypal, sem qualquer comissão para a Ollá+.
FYRO // PJA – Lusa/fim
Artigo relacionado: