Maputo, 19 abr (Lusa) – O embaixador da Rede Aga Khan em Maputo, Nazim Ahmad, defendeu hoje a necessidade de reforçar as estratégias de formação de professores no país, considerando que Moçambique precisa de pedagogos capazes de responder aos padrões internacionais.
“Sem dúvida, é preciso reforçar a formação dos professores em Moçambique e esta é a nossa ambição agora”, disse à imprensa Nazim Ahmad, falando momentos após uma sessão informativa sobre a Academia Aga Khan, localizada na Matola, arredores de Maputo.
Assinalando os níveis exigência do mercado internacional, Nazim Ahmad afirmou que a base para a formação de profissionais eficientes e competitivos reside na qualidade dos professores, considerando que esta é a nova aposta da Academia da rede Aga Khan, localizada na cidade da Matola.
“A nossa atual aposta é formar professores com excelência”, sublinhou o embaixador, observando que a única forma de um país ter bons professores reside na atualização das estratégias de formação dos pedagogos.
Por seu turno, o reitor da Academia Aga Khan de Hyderabad, na Índia, Geoffrey Fisher, que está em Moçambique para assistir à execução do projeto, apontou a falta de mão obra qualificada como um dos desafios que a rede enfrentou no país, justificando a introdução do programa para capacitação dos professores, que já decorre.
“O que agora nós queremos são alunos de padrão internacional e, para tal, é preciso apostar na formação de educadores”, declarou Geoffrey Fisher, acrescentando que o programa da Academia Aga Khan quer formar estudantes capazes de competir no mercado internacional sem, no entanto, perder a “originalidade local”.
Com um currículo concebido no âmbito de programas internacionais, a Academia Aga Khan de Maputo segue o modelo criado pelas duas primeiras instituições da rede em Mombaça, no Quénia, em 2003, e em Hyderabad, em 2011, cujo ensino assenta na cultura e língua oficial de cada país.
Atualmente, além da Academia Aga Khan de Maputo, especializada na formação de crianças com idades entre cinco e oito anos de idade, a rede criou um centro para formação de professores e de capacitação de diretores, num projeto que conta com a participação da Universidade Pedagógica de Moçambique.