Macau, China, 10 abr (Lusa) – Documentários de realizadores portugueses radicados em Macau vão ser exibidos no “Macau Indies”, integrado no 10.º Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau, que arranca no próximo dia 21 de abril.
O “Macau Indies” inicia-se a 10 de maio, com a projeção de quatro filmes, incluindo dois realizados por portugueses radicados no território: “Boat People”, de Filipa Queiroz, e “Eric- Caminhar no escuro”, de António Caetano Faria.
O primeiro versa sobre Macau como porto de abrigo para os refugiados do Vietname, enquanto o segundo retrata a vida de Eric, um jovem cego que sempre tentou lutar por uma vida independente e melhores condições.
No dia seguinte é exibido “As Crónicas de Wu Li no Colégio de São Paulo”, de James Jacinto (realizador e produtor) e Silvie Lai (produtora), que conta a história da Igreja e do Colégio de São Paulo, hoje Ruínas de São Paulo, que usa a viagem a Macau do pintor e poeta chinês Wu Li, em finais do século XVII.
“Macau, Tempo do Bambu”, de Catarina Cortesão Terra, que pretende retratar os tempos do passado e do presente da arte dos andaimes em bambu enquanto parte do património imaterial de Macau, tem exibição marcada para 13 de maio, o penúltimo dia do evento.
O “Macau Indies”, que conta, este ano, com 26 produções, insere-se no Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau, que tem início no próximo dia 21 de abril e termina a 05 de junho.
Treze produções integram a secção de filmes internacionais a serem exibidos no Centro Cultural de Macau até ao dia 05 ded junho.
“Mamã”, de Xavier Dolan, galardoado pelo Festival de Cannes; “De Longe”, produção venezuelana vencedora do Leão de Ouro para Melhor Filme no Festival de Veneza em 2015; “Coração Canino”, o mais recente trabalho de Laurie Anderson, que lida com a temática do amor, paz e perda; o documentário “Meru”, que conta uma história triunfante; “Jacky no reino das Mulheres”, comédia com Charlotte Gainsbourg no principal papel que aborda as questões de género numa perspetiva inversa figuram entre os destaques.
Também há espaço para trabalhos sobre a sobrevivência e morte como “Festa de Despedida” e “A Façanha”, refere, em comunicado, o Centro Cultural de Macau, onde famílias e o público mais jovem podem apreciar filmes como “A Múmia do Príncipe” e “Operação Árctico”.