Proclamada em Luanda Academia Angolana de Letras

Presidente da Mesa da Assembleia Geral: Artur Pestana “Pepetela”.

Presidente do Conselho de Administração da academia: Boaventura Cardoso.

Presidente do Conselho Fiscal: Henrique Guerra.

Presidente do Conselho Científico: Paulo de Carvalho.

Foto: M. Machangongo (Jornal de Angola)

Luanda, 15 set (Lusa) – A Academia Angolana de Letras foi hoje proclamada em Luanda, com o objetivo de imortalizar os fundadores da literatura e estudos sociais de Angola e também a produção literária oral e escrita em línguas nacionais e portuguesa.

O texto de proclamação da academia sublinha que a sua vocação principal consiste na realização profícua de programas e ações de promoção, valorização e divulgação dos estudos sociais avançados sobre tradição oral, a criação literária, as línguas, as literaturas e as comunidades humanas.

A academia, composta por 43 membros, 42 dos quais efetivos, tem como patrono o primeiro presidente de Angola António Agostinho Neto, a quem é atribuída a cadeira perpétua número um.

No discurso de proclamação, o Presidente do Conselho de Administração da academia, Boaventura Cardoso, exaltou a figura de António Agostinho Neto, referindo-se ao “insigne homem das letras angolanas”.

“Recordar Neto é, necessariamente, evocar parte significativa da história recente do povo angolano, pois a vida do poeta confunde-se com a do político e do estadista”, referiu.

Sobre os desafios da academia, Boaventura Cardoso enumerou um ambicioso plano de ação a ser executado entre 2016-2020, entre os quais se destacam projetos ligados aos Estudos sobre a Variedade Angolana do Português, a História da Literatura Angolana e os Vocabulários Temáticos e Terminologia das Línguas Nacionais.

Até 2020 academia propõe-se ainda a promover palestras e conferências em colaboração com escolas do ensino secundário e universidades, um Colóquio Internacional sobre o Ensino da Literatura Angolana e a Formação do Cânone Literário em Angola.

No plano de publicações e comunicação pretende instituir prémios e concursos para a divulgação da literatura angolana, das línguas nacionais e estudos sociais angolanos.

Segundo Boaventura Cardoso, a Academia Angolana de Letras pretende ser reconhecida como uma autoridade em matéria do estudo e da investigação da literatura angolana, a língua portuguesa, das línguas nacionais e das disciplinas correlatas.

Uma academia “sem demagogia” e aberta à sociedade é a principal intenção, frisou.

Boaventura Cardoso referiu que ficaram de fora da academia muitos escritores com créditos firmados e cientistas sociais com obra de alto nível científico, que poderão ser chamados a colaborar com a mesma em projetos específicos.

Fazem ainda parte da direção, os escritores Artur Pestana “Pepetela”, presidente da mesa da Assembleia Geral, e Henrique Guerra, presidente do Conselho Fiscal, e o investigador Paulo de Carvalho, presidente do Conselho Científico.

NME // JMR – Lusa/Fimagostinho-neto

 

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