O historiador, ensaísta e poeta brasileiro Alberto da Costa e Silva, laureado hoje com o Prémio Camões, disse ter ficado “perplexo” e “sumamente feliz” com a decisão do júri.
“Soube que a decisão foi unânime e, embora esteja ainda um tanto perplexo, a minha alegria é muito grande. Qualquer escritor que tivesse sido galardoado com o Camões ficaria honrado”, afirmou Costa e Silva, em nota divulgada pela Academia Brasileira de Letras.
O anúncio do Prémio Camões foi feito hoje, em Lisboa, pelo júri, composto por Rita Marnoto, professora universitária, José Carlos Vasconcelos, jornalista, e os escritores Affonso Romano de Sant’Anna, António Carlos Secchin, José Eduardo Agualusa e Mia Couto, vencedor em 2013.
O júri justificou a escolha, por unanimidade, pela “elevada qualidade em todos os géneros” literários, aos quais Costa e Silva se dedicou, e salientou também a sua “escrita refinada”, que construiu “pontes entre os povos”.
Costa e Silva é diplomata, historiador, memorialista, atual orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e ocupa atualmente a cadeira número 9 da Academia Brasileira de Letras. Escreveu mais de 26 livros.
Nascido em São Paulo, em 1931, é correspondente da Academia de Ciências de Lisboa e o décimo primeiro escritor brasileiro a ser distinguido com o Prémio Camões. Foi embaixador do Brasil em Lisboa, de 1989 a 1992, seguindo então para Bogotá, na Colômbia, depois de ter ocupado cargos de representação em diferentes capitais, como Caracas, Roma ou Washington.
Fez parte do júri do Prémio Camões nas edições de 2001, 2003 e 2013
FYB (NL) // ARA – Lusa/Fim
Foto: Alberto da Costa e Silva, quando embaixador do Brasil em Portuga, Lisboa, 16 de janeiro de 1989. António Cotrim / Lusa