A cerimónia de lançamento da primeira pedra da “Praça da Amizade” vai ter lugar na próxima sexta-feira, dia 28 de março de 2014, na Ilha da Montanha.
O projeto do centro comercial e da praça ao ‘estilo manuelino’ vai exigir um investimento total de 1.600 milhões de yuans (186, 9 milhões de euros), confirmou o presidente da Lai Ieng Investment, indicando que pretende obter o retorno num prazo de sete a dez anos.
“Embora eu seja chinês, gosto da cultura portuguesa. Penso que esta é a melhor plataforma. É mesmo. Isto é uma porta de entrada para Macau. Ainda antes de [os turistas] virem para Macau irão sentir que existe cultura portuguesa em Macau [e] depois podem ir para a península, porque todo o património se encontra lá (…), em vez de irem só para o Cotai jogar”, disse David Chow.
Segundo o empresário, a praça ao ‘estilo manuelino’ será como a Times Square de Hong Kong, de onde é natural, esperando ali reunir muita gente, nomeadamente na passagem de ano.
“É uma praça, mas é uma praça cultural”, apontou, em declarações aos jornalistas, sublinhando que “o mais importante é as pessoas poderem sentir algo especial” naquele local, “raro” em toda a China face ao estilo português que pretende adotar.
David Chow assegurou que o complexo, que terá nomeadamente lojas e restaurantes, complementados por 1.300 lugares de estacionamento, vai gerar “muito emprego”, embora sem avançar estimativas nesta fase inicial, por tal depender dos negócios que ali se vão instalar.
O acordo de financiamento assinado hoje com o Banco ICBC prevê a concessão de empréstimos de 680 milhões de dólares de Hong Kong (63, 5 milhões de euros) para o arranque da construção do projeto, ainda que estejam previstos mais apoios de acordo com os progressos do projeto, cuja ideia conceptual é do arquiteto Carlos Marreiros.
DM// APN – Lusa/Fim
Fotos:
– Aspecto da fachada do Mosteiro dos Jeronimos, monumento de estilo manuelino. 02/02/1996
– OLIVENCA (09/11/2006): Entrada do Ayuntamiento de Olivenca, com portada em estilo Manuelino, antigo palácio dos Duques do CadavaI, com o mapa da cidade desenhado em calçada portuguesa. FOTO NUNO VEIGA/LUS