Portugal/China: Ensino superior português registou 1.140 alunos chineses no ano letivo 2017-18

Mais de mil estudantes chineses (1.140) estavam inscritos nas instituições de ensino superior em Portugal no ano letivo 2017-18, maioritariamente no setor público (994), de acordo com dados oficiais.

Entre as instituições com mais de cem alunos chineses inscritos no ano letivo transato, contam-se a Universidade de Lisboa (205), o ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa (169), a Universidade de Aveiro (151) e a Universidade Nova de Lisboa (125).

No ano letivo 2000-01, havia apenas 38 alunos chineses inscritos nas instituições de ensino superior em Portugal, número que cresceu continuamente desde então, exceto em 2006/07.

Em 2016-17, ultrapassou-se pela primeira vez a barreira dos mil alunos (1.004), segundo dados facultados à agência Lusa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tendo por base os registos da Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) relativas aos estudantes de nacionalidade chinesa inscritos nas instituições de ensino superior nacionais.

Enquanto os chineses procuram formação em Portugal, os portugueses procuram também aprender mandarim, a língua e a cultura de uma das maiores economias do mundo.

Várias instituições dispõem de aulas e atividades. O Instituto de Línguas da Universidade Nova de Lisboa é uma das instituições onde é possível aprender mandarim, a principal língua oral da China, falada por 94% da população.

Começa por avisar que são 80.000 carateres (hanzis), dos quais 7.000 são mais usados. São necessários cinco alunos para abrir uma turma em qualquer nível ou curso técnico.

No Instituto Politécnico de Leiria (IPL), que tem uma licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês/Chinês-Português, em parceria com instituições chinesas, os estudantes realizam o 2.º ano em Pequim e o 3.º em Macau.

Contactado pela Lusa, o Politécnico de Leiria indicou que no presente ano letivo há 97 estudantes portugueses a frequentar esta licenciatura (nos quatro anos do curso).

“Quem procura este curso são estudantes que irão exercer funções em Portugal ou na China, quer em empresas, quer em organismos públicos ou privados”, cuja estratégia passa por estabelecer relações bilaterais entre os dois países, nomeadamente ao nível dos negócios empresariais ou cooperação de âmbito social e cultural, de acordo com a informação prestada.

A instituição promove também cursos livres de mandarim para quem pretenda iniciar a aprendizagem da língua e da cultura, e está associada ao Programa de Mandarim nas Escolas Secundárias, no âmbito de um protocolo de colaboração estabelecido com o Ministério da Educação e o Instituto Confúcio, da República Popular da China.

No que respeita aos alunos chineses, que recebe há cerca de 10 anos, o IPL afirma ter este ano letivo 155 estudantes.

A oferta de aulas de mandarim chegou também à Internet, com ofertas avulsas em várias modalidades, incluindo ao domicílio.

LUSA

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