“Trata-se de uma formação superior claramente inovadora, socialmente relevante que contribui para a criação de condições objetivas ao reforço da afirmação de Macau enquanto plataforma para o desenvolvimento das relações comerciais entre a China e os Países Lusófonos”, disse a coordenadora do programa de estudos, Aurélia Almeida.
Com a criação deste curso, o Politécnico de Macau “procura contribuir para dar resposta às necessidades de formação de quadros altamente qualificados, capazes de apoiar os agentes económicos da China e de Macau no estabelecimento e desenvolvimento de relações comerciais com os países de língua portuguesa”, explicou a coordenadora.
Os licenciados deverão “adquirir conhecimentos e competências no domínio da língua portuguesa e, ao mesmo tempo, da economia, do comércio e das regras legais aplicáveis à atividade comercial e industrial nos países lusófonos”, salientou Aurélia Almeida.
O programa de estudos de quatro anos resultou de um “processo cuidadoso, objeto de um rigoroso estudo por parte dos docentes das respetivas áreas científicas”.
Os dois primeiros anos do curso serão dedicados à formação em língua portuguesa – para os estudantes chineses – com o primeiro ano em Macau e o segundo em Portugal, sendo que os terceiro e quarto anos serão ministrados em Macau em áreas de competências como a economia, sistemas judiciais, direito económico internacional, marketing internacional.
A par da apresentação do curso, que contou com a presença do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, foi também lançado o manual “Português Global”, um meio de ensino “especificamente concebido para apoiar o ensino do português a estudantes chineses do ensino superior”, destacou Carlos André do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Politécnico de Macau e que terá um papel importante também no novo projeto.
Para o presidente do Instituto Politécnico de Macau, Lei Heong Iok, o lançamento do curso – para o qual a partir de hoje estão abertas inscrições de candidatura e cujas aulas irão arrancar em agosto, no próximo ano letivo – é mais um “contributo” do estabelecimento não só para o ensino em português, como para a afirmação de Macau no “papel de plataforma”.
“Vamos continuar a promover o ensino em português, a estabelecer relações de cooperação com instituições de Portugal e a desenvolver esta aproximação triangular entre a Macau, China e a lusofonia”, sublinhou.
A língua veicular do curso é o português, muito embora o inglês possa ser utilizado como língua auxiliar quando se entender benéfico para o ensino.
JCS // PJA – Lusa/fim
Fotos:
– Dezenas de pessoas desfillam entre as Ruínas de São Paulo e o Largo do Senado em Macau na “parada cultural” da China e dos países de língua portuguesa que animou o final da tarde no centro histórico de Macau, China, 3 de Novembro de 2013. CARMO CORREIA/LUSA
– Centro histórico de Macau, China, 3 de Novembro de 2013. CARMO CORREIA/LUSA