Macau, China, 03 out (Lusa) – O primeiro-ministro chinês participará este mês na conferência ministerial do fórum de cooperação económica entre a China e os países lusófonos, em Macau, em que também estará presente o chefe do Governo português, noticiou a agência oficial Xinhua.
Também o Governo de Macau, num comunicado, informa que Li Keqiang estará na cidade entre 10 e 12 de outubro, para visitar o território, que é uma região da China com administração especial, “e participar na cerimónia de abertura da 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, conhecido como Fórum Macau.
O Governo de Macau acrescenta que “espera aproveitar esta oportunidade para consolidar e reforçar ainda mais” o papel que Pequim atribuiu à região em 2003, de ser uma ponte de ligação entre a China e os países de língua portuguesa.
Nesse ano, Pequim criou o Fórum Macau, que tem um secretariado permanente e reúne a nível ministerial a cada três anos.
São Tomé e Príncipe é o único país lusófono que não integra o Fórum Macau, por manter relações diplomáticas com Taiwan.
No sábado passado, o chefe do executivo de Macau considerou “um grande acontecimento a nível nacional” a conferência ministerial que a cidade acolhe a 11 e 12 de outubro.
“A 5.ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, que se vai realizar este mês em Macau, constitui um grande acontecimento a nível nacional e para toda a Região Administrativa Especial de Macau”, afirmou Fernando Chui Sai On.
O chefe do executivo apelou aos “diversos setores sociais” envolvidos na organização da conferência para redobrarem os “esforços na sua preparação, em prol do sucesso da reunião”, para consolidar e incrementar “ainda mais” o papel que Pequim atribuiu a Macau em 2003.
Antes de chegar a Macau, para participar nesta conferência, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, passará por Pequim e Xangai.
Na semana passada, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, numa visita aos Açores, enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina.
Citado pela agência oficial Xinhua, o responsável chinês elogiou os “resultados profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos setores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a energia, finanças e oceano.
Macau, território administrado por Portugal até 1999, é desde esse ano uma região da China com administração especial, que goza de ampla autonomia e onde o português continua a ser língua oficial, a par do chinês.