Pepetela vence prémio literário dstangola/Camões

O mais recente romance de Pepetela, “Sua Excelência, de Corpo Presente”, venceu a segunda edição do prémio literário dstangola/Camões, reafirmando o seu autor como “escritor de primeira água, angolano, africano e universal”, nos termos do júri do prémio.

O júri do dstangola/Camões, presidido por Irene Guerra Marques, professora na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, distinguiu no texto de Pepetela “não apenas a sua atualidade”, como pela forma como “mantém jovem e lúcida a ironia, a crítica sociocultural e uma criatividade intensa, que acompanha os avanços e recuos da realidade angolana e até mesmo africana, no que diz respeito à realidade que vivemos ao Sul do Saara”.

O romance é “uma crítica mordaz ao abuso de poder e aos sistemas de governo totalitários disfarçados de democracias”, escrito com “um sentido de humor inteligente, e em que qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”, sublinhou a nota da editora.

Pepetela, nome artístico de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, nasceu em Benguela, Angola, em 1941.

Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio, foi guerrilheiro do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), político e governante. Em 1997, foi reconhecido com o Prémio Camões.

O prémio literário dstangola/Camões é uma iniciativa do dstgroup em parceria com o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua, que visa distinguir, anualmente e de forma alternada, livros editados em poesia e prosa de artistas nascidos em Angola.

O galardão, no valor de 15 mil euros, será entregue em Luanda, em data ainda por confirmar. A primeira edição do dstangola/Camões homenageou a poesia e escolheu como vencedor o título “Noite Vertical”, de Zetho Cunha Gonçalves.

O escritor angolano Pepetela, após ter sido distinguido pelo primeiro-ministro António Costa (ausente da foto) com o Prémio de Literatura dstangola/Camões pela sua mais recente obra “Sua Excelência, de Corpo Presente” na cerimónia oficial do Dia Mundial da Língua Portuguesa no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, 05 de maio de 2021. O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, estimando-se que em 2050 esse número cresça para quase 400 milhões e, em 2100, para mais de 500 milhões, segundo estimativas das Nações Unidas. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

 

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