“Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao «Acordo Ortográfico» de 1990”

Um grupo de docentes e alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa convida-o a estar presente no Fórum “Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao «Acordo Ortográfico» de 1990”, que pretende debater as consequências nefastas da aplicação do “Acordo Ortográfico” de 1990.

A sessão, organizada por Cristina Pimentel, Helena Buescu e Teresa Cadete, decorrerá no dia 14 de Abril, terça-feira, a partir das 18h, no Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária).

A iniciativa terá duas partes:

1.ª) Intervenções dos oradores: António Chagas Dias (tradutor; Associação Portuguesa de Tradutores),  António Feijó (Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, Professor da Faculdade de Letras), Casimiro de Brito (Poeta, ex-Presidente do PEN Clube Português),  Duarte Bénard da Costa (Movimento contra a “aplicação” do AO90 aos exames nacionais; aluno do Liceu Camões),  Francisco Miguel Valada(tradutor nas Instituições da União Europeia),  Maria Filomena Molder (Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e Nuno Pacheco (jornalista, Subdirector do Público).

Serão lidas mensagens de António Bagão Félix,  António Garcia Pereira,  Gonçalo M. Tavares,  Isabel Pires de Lima,  João Braga,  Manuel Alegre e Miguel Tamen.

2.ª) Debate com o público presente, em que também intervirão, designadamente: Ana Isabel Buescu,  Bárbara Wong,  Gastão Cruz,  Henrique Leitão,  Ivo Miguel Barroso,  Maria Alzira Seixo,  Maria do Carmo Vieira,  Mário de Carvalho,  Pedro Mexia,  Ricardo Araújo Pereira,  Teolinda Gersão e Teresa Cid.

 

Para qualquer informação suplementar que entenda necessária, disponibilizamos os contactos das organizadoras:

Cristina Pimentel (Professora Catedrática do Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa): mpimentel1@campus.ul.pt; telefone do Centro de Estudos Clássicos:217920005.

Helena Buescu (Professora Catedrática do Departamento de Literaturas Românticas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa): h.buescu@netcabo.pt;

Teresa Cadete (Professora Catedrática do Departamento de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa): trcadete@googlemail.com.

Informações complementares

Que Língua Portuguesa quer deixar aos seus filhos?

“Acordo Ortográfico” de 1990: dizemos NÃO!

· O “Acordo Ortográfico” de 1990 (AO90) contradiz-se já na sua designação, porque nem é “Acordo” (válido apenas se ratificado por todos os estados de língua oficial portuguesa), nem “ortográfico” (pois prevê a existência de facultatividades – também chamadas duplas grafias -, levando por isso à destruição do conceito normativo de ortografia e da herança etimológica).

· Ao contrário do que tem sido propalado, o período de transição estabelecido para a implementação do AO90 termina em 22 de Setembro de 2016, e não em 13 de Maio de 2015.

· Após três anos e seis meses da sua imposição no sistema de ensino e na Administração Pública, os resultados estão à vista, traduzindo-se num conjunto extenso de arbitrariedades: corte das consoantes “c” e “p”, mesmo quando deveriam ser articuladas, em violação do próprio AO90; não utilização sistemática do hífen; confusão do pretérito perfeito com o presente, etc. O denominado AO90 falhou o seu autoproclamado objectivo: a unificação ortográfica das variantes do português.

· Que podem os cidadãos fazer, tendo em conta que constitui o seu pleno direito recusar uma ortografia resultante de uma economia da língua que viola o que é estabelecido na Constituição da República Portuguesa (CRP) (art.º 43.º, n.º 2), segundo a qual o Estado “não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes (…) estéticas, políticas, ideológicas”? Além do direito à objecção de consciência (art.º 41, º, n.º 6, da CRP), cabe-nos resistir activamente (art. 21.º da CRP) contra essas ilegalidades e inconstitucionalidades manifestas, bem como argumentar contra as falácias da “unificação” e simplificação, facilmente desmontáveis, conforme tem sido denunciado por diversos especialistas.

Cristina Pimentel

Helena Buescu

Teresa Cadete


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