Atravessada a ponte, começou o giro pelo passadiço, que abre logo com uma íngreme, serpenteada e prolongada descida, quedando-se por uma altura média (porque todo o percurso é sempre um sobe-e-desce) de uns vinte metros acima do nível do rio, que acompanhamos na direção do seu curso, portanto em descendo. O plano era fazermos parte da caminhada e regressar. Pelo menos na minha cabeça era assim. O Francisco levava outra ideia na manga que era decidir conforme fosse recebendo sinais da nossa pedalada. Porque a temperatura estava amena (27º) e havia muitas áreas de prolongada sombra, os primeiros quatro quilómetros foram na boa. Isto deve faltar mais uns 25 minutos – disse ele. Só que depois eram mais 20/25 minutos e depois mais outra e ainda outra dose. Às tantas, deparámos com um mapa queimado do sol mas onde se conseguia divisar o suficiente para percebermos que o termo estava dois quilómetros e tanto mais além. E foram mais subidas e descidas. Resumindo: o percurso total acabou sendo cerca de 11 km em três horas. O Francisco achou que anunciado a prestações seria mais leve. Juízo acertado, diga-se.
Havia ainda o regresso ao hotel, mas essa etapa foi galgada de táxi.
Da bela paisagem, algumas fotos darão melhor testemunho do que eu. Quanto à resistência das nossas pernas, só me ocorre aquela frase americana que traduzo: Uma pessoa só tem a idade que sente. No dia seguinte.
Fotos – Depois da travessia a ponte vista de quatro ângulos.
Onésimo Teotónio Almeida
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