O Francisco Soares Torres andava há anos a atiçar a ideia dos Passadiços do Paiva. Um dia que conseguisse passar por Estarreja com calma, daríamos um salto às montanhas da Beira Litoral para umas caminhadas ao longo do rio (afluente) Paiva, que eu só conhecia do tempo em que na 4ª classe fui obrigado a decorar os afluentes das duas margens do Douro.
A Leonor andava há tempos com esse passeio na ideia e, nesta viagem, manifestou desejo expresso de ir até lá. Her wish was my command.
E foi assim que agendámos uma viagem de quase quatro horas até Alvarenga. O Francisco juntou-se-nos. Tinha um plano delineado que começava com uma caminhada de dois quilómetros até à ponte suspensa, pois não há parque de estacionamento nas imediações.
A ponte tem 516 metros. Embora possa aguentar com 2 000 pessoas ao mesmo tempo, a pandemia obriga a reduções drásticas: grupos de 50. Por isso é necessário fazer reservas, mas o Francisco tinha tudo previsto.
Hoje vão fotos da travessia da ponte. Ela mexe um pouco, mas nada de assustar ninguém. Porque o piso é em gradeamento, não provoca nenhuma sensação estranha, nem de medo.
Espero que as imagens mostrem como vale a pena o passeio e a travessia, muito embora não consigam transmitir a dimensão da paisagem.
Onésimo Teotónio Almeida
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