O padre português Custódio Ferreira Campos, radicado há 59 anos em Cabo Verde, foi homenageado pelos correios cabo-verdianos com o lançamento de um selo, indicou hoje a empresa em comunicado.
No documento enviado à agência Lusa, os Correios de Cabo Verde (CCV) afirmam ter decidido homenagear “padre Campos”, como é popularmente conhecido no país, desenhando um selo com a sua cara e, em segundo plano, a igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Ribeira Grande de Santiago (“Cidade Velha”), da autoria do artista plástico Domingos Luísa.
“Trata-se de uma união perfeita, simbolizando o amor e a dedicação do pároco à comunidade que o acolheu há mais de 50 anos, tornando-o num dos seus habitantes mais antigos”, lê-se na nota dos CCV, que adianta ter sido feita uma tiragem de 50 mil unidades ao preço de 60 escudos cada (0, 54 euros).
Os CCV justificam a homenagem, integrada nas cerimónias do Dia Mundial dos Correios, que se celebrou quarta-feira, por o pároco português constituir uma “figura incontornável” da sociedade em Cabo Verde, arquipélago onde chegou em outubro de 1954, instalando-se sucessivamente nas freguesias da Boavista e Maio.
Já em Santiago, a maior ilha cabo-verdiana e que alberga a capital, Cidade da Praia, padre Campos exerceu funções em São Domingos e no Tarrafal, antes de se fixar, há meio século, na Cidade Velha.
Além das funções de sacerdote, padre Campos desempenhou diversas funções sociais, com destaque para as de carteiro, oficial de registo civil, assistente social e conselheiro, entre outras.
Apesar da idade já avançada, 86 anos – nasceu a 15 de agosto de 1927 -, padre Campos levanta-se todas as manhãs às 05:00 para celebrar a eucaristia matinal, celebração que conta com assistentes fiéis.
A ação do pároco já lhe valeu uma homenagem, quando, em 2012, um grupo de amigos e paroquianos criou uma associação que recebeu o seu nome.
A Fundação Padre Campos é uma instituição criada para ajudar no desenvolvimento social humano da Ribeira Grande de Santiago.
JSD // APN – Lusa/Fim