Os 10 erros gramaticais mais comuns na língua portuguesa

Não deixe que os erros gramaticais comprometam a sua comunicação escrita. Aprenda a evitá-los com estas dicas essenciais!

Por Luísa Monteiro


Confusão entre “porque”, “porquê”, “por que” e “por quê”

Uma das confusões mais comuns em português é entre essas quatro palavras. “Porque” é uma conjunção usada para indicar uma causa ou razão, enquanto “porquê” é um substantivo que se refere à razão em si. “Por que” é usado em perguntas diretas ou indiretas, e “por quê” é usado em perguntas diretas quando vem no final da frase.

Exemplo:

  • “Eu gosto de praia porque é relaxante”
  • “Não entendi o porquê da tua escolha”
  • “Por que não vens ao cinema comigo?”
  • ” Não gostas de cinema, por quê?”

Confusão entre “há” e “a”

“Há” é uma forma do verbo “haver” e é usada para indicar tempo decorrido. “A” é uma preposição que pode ter diversos usos, como indicar tempo futuro ou localização.

Exemplo:

  • “Há duas semanas que não vejo minha família”
  • “Vou viajar para Portugal no próximo mês”.

Erros de concordância verbal

A concordância verbal ocorre quando o verbo se adapta em número e pessoa ao sujeito da frase. Muitas pessoas cometem erros de concordância, seja por esquecimento ou falta de conhecimento das regras gramaticais.

Exemplo:

  • Errado: As crianças brinca no parque.
  • Correto: As crianças brincam no parque.

Nesse caso, o verbo “brincar” não concorda em número com o sujeito “as crianças”, que está no plural. O correto seria usar o verbo no plural “brincam” para concordar com o sujeito.

Confusão entre “onde” e “aonde”

“Onde” é usado para indicar um lugar em que algo está a acontecer, enquanto “aonde” é usado para indicar um lugar para o qual algo se está a mover.

Exemplo:

  • Errado: Aonde vais nas férias de verão?
  • Correto: Onde vais nas férias de verão?

Confusão entre “interviu” e “interveio”

O verbo “intervir”, que significa interferir, agir ou tomar parte em algo.

Exemplo:

  • Errado: O diretor da empresa interviu na negociação para garantir um acordo justo para ambas as partes.
  • Correto: O diretor da empresa interveio na negociação para garantir um acordo justo para ambas as partes.

Confusão entre Fizeste ou fizestes

A forma correta é “fizeste”. O verbo “fazer” é conjugado no pretérito perfeito do indicativo na segunda pessoa do singular com o sufixo “-ste”. Por isso, a forma correta é “fizeste”, sem o “s” no final.

Exemplos:

  • Tu fizeste um ótimo trabalho
  • Fizeste tudo o que te pedi?

Confusão entre Perca ou perda

“Perca” e “perda” são duas palavras que frequentemente geram dúvidas na escrita. A principal diferença entre elas é que “perca” é o presente do subjuntivo ou o imperativo do verbo “perder”, enquanto “perda” é um substantivo que significa ação ou efeito de perder.

Exemplos:

  • Espero que não perca a oportunidade de se inscrever no curso (presente do subjuntivo).
  • Perca peso com saúde e bem-estar (imperativo).
  • A perda de tempo é um dos maiores obstáculos para quem quer ter sucesso (substantivo).

Confusão entre Quinhentos gramas ou quinhentas gramas

A forma correta é “quinhentos gramas”, com o numeral concordando em gênero (masculino) com a palavra “gramas” (também no masculino).

Exemplos:

  • Comprei quinhentos gramas de queijo.
  • O pacote de açúcar tem quinhentos gramas.

Confusão entre Hádes ou hás de

A forma correta atualmente é “hás de”, sem o “e” entre o “hás” e o “de”. Essa é a forma consagrada pelas normas da língua portuguesa. Aqui, o verbo “haver” funciona como auxiliar e é conjugado em todas as pessoas, significando “ser obrigado a; pretender; desejar”

Exemplos:

  • Tu hás de estudar para a prova.
  • Hás de comparecer na reunião da próxima semana.

Confusão entre Ralar e relar

A forma correta é “ralar” e não “relar”.

“Ralar” significa triturar, desfazer em pedaços pequenos ou esfregar com um ralador. Já “relar” não é uma palavra existente na língua portuguesa.

Exemplos:

  • Vou ralar o queijo para a receita.
  • Põe pão ralado!

A língua portuguesa pode ser complexa e muitas vezes difícil de dominar, especialmente quando se trata de gramática. No entanto, estar ciente dos erros gramaticais mais comuns pode ajudá-lo a evitá-los e aprimorar a sua escrita. Lembre-se que a prática leva à perfeição e que é importante verificar antecipadamente.

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