A data celebra a importância cultural e histórica do idioma para toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Desde dezembro, estudantes de vários níveis têm a possibilidade de estudar a língua na Escola Internacional das Nações Unidas, por meio de um projeto piloto para alunos que desejem aprender português em contexto extracurricular.
O professor de português na Escola Internacional das Nações Unidas José Carlos Adão é também o adjunto de coordenação do ensino de português do Instituto Camões. O docente explicou à ONU News a importância deste projeto.
“Dada a relevância que o português já assume na cena internacional, sendo língua de trabalho de organizações internacionais como a União Africana e a Cedeao, estar presente numa escola que tem 1,6 mil alunos, de imensas nacionalidades, e dar a possibilidade de os alunos aprenderem essa língua, que é uma das mais faladas do mundo, é importantíssimo. O português deverá futuramente ocupar cada vez mais esse espaço de destaque nas línguas que se afirmam e que são línguas de negócios, de cultura, que fazem parte da cena internacional. Tê-las nesses espaços beneficia a língua, mas também os contextos internacionais em que estão.”
As aulas têm mais de 20 alunos inscritos e decorrem três vezes por semana. Os interessados têm idades entre os oito e os 18 anos.
“Tem muitos alunos de ascendência lusófona, de países da CPLP, e que podem aprender essa língua que é nossa e que partilhamos, com algumas diferenças entre si, muitas semelhanças, e pequenas situações que nos fazem sorrir quando nos entendemos. Palavras que nós dizemos de uma forma e que no Brasil são usadas de outra forma e que já tem acontecido nas aulas, com os alunos, essas pequenas situações.”
José Carlos Adão explicou que o objetivo da iniciativa é que o português passe a fazer parte do currículo da escola, dando a possibilidade aos alunos de estudar a língua como uma das suas opções.
O professor diz que, além da língua, as aulas procuram “tocar pontos como cultura, cidades da CPLP, aspectos e curiosidades das diferenças culturais e semelhanças que existem, e questões da língua, como contos tradicionais, imagens, áudios.”