O anúncio dos 10 finalistas, escolhidos entre os 25 nomeados, foi feito hoje pelo centro de investigação literária que criou o galardão, o Three Percent, da Universidade de Rochester, no Estado norte-americano de Nova Iorque.
Entre os 25 nomeados estava o romance “A Máquina de Joseph Walser”, de Gonçalo M. Tavares, que não ficou entre os finalistas.
Atualmente, está patente, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a exposição “A hora da estrela”, sobre a obra da escritora brasileira falecida em 1977, aos 57 anos.
O Prémio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos é atribuído anualmente ao melhor livro traduzido para inglês, publicado no mercado norte-americano, tendo em conta a qualidade da obra e da tradução.
A organização destaca que o galardão é “uma oportunidade para honrar e distinguir tradutores, editores e outros agentes literários que ajudam a disponibilizar literatura de outras culturas aos leitores americanos”.
A cerimónia de entrega dos prémios vai decorrer em Nova Iorque, no dia 04 de junho.
O autor e o tradutor das obras distinguidas nas categorias de Ficção e Poesia receberão um prémio monetário de cinco mil dólares (cerca de 3.800 euros) cada, atribuído pela Amazon.
O júri do prémio é constituído pela editora Monica Carter, o tradutor e crítico Tess Doering Lewis, Scott Esposito, do Center for the Art of Translation, Susan Harris, de Words Without Borders, o tradutor Bill Martin, Bill Marx, da Arts Fuse, Michael Orthofer, da Complete Review, Stephen Sparks, da Green Apple Books, e Jenn Witte, da Skylight Books.
Clarice Lispector decidiu ser escritora em 1933, contava 13 anos. Em 1942, saiu a sua primeira obra, “Perto do coração selvagem”. Escreveu cerca de 20 títulos, entre os quais “A paixão segundo G.H”, obra que inspira um núcleo da exposição na Gulbenkian, “A vida íntima de Laura”, “A mulher que matou os peixes”, “Laços de família” e “A maçã no escuro”.
“Um sopro de vida”, o último romance de Clarice Lispector, foi editado nos Estados Unidos em 2012 pela New Directions. Encontra-se publicado em Portugal com o título “Um Sopro de Vida (Pulsações)”, com a chancela da Relógio d’Água.
O argentino Sergio Chejfec, os franceses Eric Chevillard e Edouard Levé, o iraniano Mahmoud Dowlatabadi, o húngaro László Krasznahorkai, o russo Mikhail Shishkin, o autor somali de língua francesa Abdourahman A. Waberi, o suíço, de língua alemã, Urs Widmer, e a escritora alemã de origem romena Herta Müller, Nobel da Literatura em 2009, são os autores das restantes obras finalistas do Prémio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos.
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