Luanda, 18 nov (Lusa) – Oito universidades públicas angolanas vão poder contratar 253 trabalhadores até final do ano, sobretudo professores, segundo um despacho governamental ao qual a Lusa teve hoje acesso e que autoriza a atribuição de quotas para ingresso no setor.
De acordo com o documento, de 08 de novembro, os ministros das Finanças, Archer Mangueira, e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, António Pitra Neto, autorizam a abertura de 51 vagas para professor auxiliar, 135 para professor estagiário, 49 para técnico superior de 2.ª classe e 18 para técnico de 3.ª classe.
“O ingresso pode ser feito em diferentes etapas no segundo semestre de 2016”, lê-se no despacho conjunto que entrou em vigor a 08 de novembro, acrescentando que deve ocorrer “mediante a realização de concurso”.
São beneficiadas com esta “atribuição de quotas para o ingresso no ensino superior” as universidades Agostinho Neto (que cobre as províncias de Luanda e Bengo), Katyavala Bwila (Benguela e Cuanza Sul), 11 de Novembro (Cabinda e Zaire), Luenji A’Nkonde (Malanje, Lunda Norte e Lunda Sul), Eduardo dos Santos (Huambo, Bié e Moxico), Mandume Ya Ndemofayo (Huíla e Namibe), Kimpa Vita (Uíge e Cuanza Norte) e Cuito Cuanavale (Cuando Cubango e Cunene).
Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo em África, mas vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira e económica, decorrente da quebra para metade nas receitas com a exportação de crude, tendo aplicado diversos cortes nos gastos do Estado e medidas de austeridade.
O Governo angolano prevê gastar em 2017, com o ensino superior, cerca de 1% de todas as despesas do Orçamento Geral do Estado, equivalente a 80.570 milhões de kwanzas (457 milhões de euros), um aumento de mais de 20% face ao orçamentado para este ano.
Angola conta com 28 institutos e universidades públicas que cobrem, nas sete regiões académicas, todo o país, além de 45 estabelecimentos privados de ensino superior.
Mais de 269.000 estudantes frequentavam as instituições de ensino superior em Angola, no arranque do ano letivo de 2015.